Introdução: Os benefícios do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida já são amplamente difundidos na sociedade e no meio científico, porém, em função do retorno à rotina materna ou de aspectos do nascimento que prejudicam a amamentação, este ato é interrompido, dando lugar ao aleitamento artificial. Objetivo: Analisar quais os principais motivos de interrupção de aleitamento exclusivo na população de um ambulatório de alto risco da rede mãe paranaense, vinculado à 15ª Regional do Estado do Paraná. Metodologia: Estudo longitudinal, retrospectivo de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por todas as crianças encaminhadas ao ambulatório de alto risco entre 2015 e 2016. Os dados, coletados a partir de consulta a prontuários, foram analisados por meio de estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá sob parecer nº 2.287.476. Resultados: No período analisado, houve 335 encaminhamentos para o ambulatório de alto risco, o tempo médio de aleitamento materno exclusivo foi de 2 meses. O principal motivo encontrado nos prontuários para a interrupção do aleitamento materno exclusivo foi: leite insuficiente (24%), seguido de longa internação na unidade de terapia intensiva neonatal (21,5%), início de complementação por conta própria e sem motivo relatado (19,7%), problemas com a pega correta (11,6%), opção por não amamentar (9,9%), volta à atividade laboral ou escolar (7,8%) e outros motivos (5,4%). O suporte da equipe de saúde é essencial à oferta dos cuidados e informações necessários para estimular e manter o aleitamento materno, de modo que o vínculo com a equipe de saúde pode ser decisivo para o sucesso desta atividade. Conclusão: O ambulatório de alto risco, juntamente com a atenção primária em saúde, deve assumir o papel na orientação e acolhimento para a promoção aleitamento materno exclusivo, visto que os principais motivos de interrupção de aleitamento materno podem ser contornados por meio da abordagem adequada.