A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que lesiona principalmente os pulmões, podendo afetar ossos, rins e meninges (Silva et al, 2018). Tem como sintomas principais: tosse, cansaço excessivo, falta de ar, sudorese, emagrecimento dentre outros (Santos, 2007). A transmissão se dá através de gotículas proveniente de indivíduo contaminado. Os diagnósticos mais utilizados são a radiografia do tórax ou a baciloscopia direta do escarro que detectam a presença da bactéria (Baumgarten et al, 2019). Objetivou-se realizar levantamento epidemiológico de TB nas regiões brasileiras entre os anos de 2015 a 2019, segundo sexo. Trata-se de estudo descritivo epidemiológico de prevalência de casos notificados mediante a coleta de dados secundários no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Incluiu-se os casos notificados no período de janeiro de 2015 a março de 2019. Os critérios de exclusão foram casos notificados fora do período de busca, e casos não confirmados. Por se tratar de dados de domínio público, o estudo dispensou a apreciação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas, conforme a Resolução Nº 510/2016. No período estudado foram notificados 354.968 casos confirmados em todo o Brasil, correspondendo uma incidência de 186,1/100 mil habitantes. A região com maior incidência foi região sudeste 162.910 (46,90%), seguida pela região nordeste 93.134 (26,24%), região sul 43.969 (12,39%), região norte 38.465 (10,84%), e região centro-oeste com a menor incidência 16.469 (4,64%). Segregados por sexo notou-se incidência de 246.831 casos confirmados no sexo masculino (69,54%) de todos os casos no Brasil, e 30,45% das ocorrências do sexo feminino, somando 108.116 casos. O estudo evidenciou o aumento crescente de casos nos últimos anos. A região sudeste apresentou a maior incidência de TB em todo o território nacional, enquanto a região centro-oeste a menor incidência. Além disso, houve prevalência superior de 40% no sexo masculino comparado ao sexo feminino. Esses achados ressaltam a importância de realizar busca ativa de sintomáticos respiratórios, e a realização de ações de prevenção e promoção da saúde na comunidade, além de estimular os indivíduos a identificarem os primeiros sinais e sintomas e procurem precocemente unidade de saúde para diagnóstico e tratamento.