Objetivou-se constatar se a exposição à violência no trabalho infere nas dimensões da síndrome de burnout em docentes do ensino fundamental e médio. Metódo: trata-se de um estudo transversal realizado de julho de 2018 a fevereiro de 2019 com 200 docentes de escolas de ensino da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná. Realizou-se a análise no software R Core Team, 2017 e por estatística inferencial e descritiva, por meio de frequências absolutas e relativas e médias. Avaliou-se a consistência interna do Maslach Inventory Burnout- Human Services Survey, por meio do cálculo do coeficiente alfa de Cronbach, verificou o grau de relação pelo coeficiente de correlação de Pearson, com respectivo coeficiente de variância compartilhada. Adotou os pontos de corte para o instrumento de avaliação da síndrome de burnout. Na sequência realizou-se a regressão linear múltipla, considerando exaustão emocional, despersonalização e realização profissional como variável dependente e as violências sofridas ou testemunhadas como variáveis independentes, cuja confirmação das variavéis foi realizada pelo teste exato de Fisher. Adotou nível de significância o p-valor <0,05. Resultado: Os resultados apresentam à consistência interna do do Maslach Inventory Burnout- Human Services Survey,, com valores satisfatórios para exaustão emocional (?=0,92), despersonalização (?=0,78), realização profissional (?=0,81), caracterizando boa consistência interna e confiabilidade. O coeficiente de correlação de Pearson e coeficiente de variância compartilhada comprova inferências altas entre as variáveis de vivenciar/presenciar violência física verbal e exaustão emocional e despersonalização, porém confirmou não inferência significativa com a realização profissional. No modelo múltiplo confirma inferência da violência ocupacional com as variáveis dependentes de exaustão emocional e despersonalização, mantendo associação estatisticamente significativa com p=0,001. Conclusão: Os docentes que estiveram expostos a violência física e verbal no trabalho nos últimos 12 meses, houve inferência significativa com exaustão emocional e despersonalização, porém não houve inferência significativa com a realização profissional.