Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
Mortalidade por hipertensão arterial sistêmica no estado de Minas Gerais no ano de 2017.
Relatoria:
THATIANE DANTAS DIAS LUCCA
Autores:
- Leonardo Oliveira Leão e Silva
- Mauro Augusto dos Santos
- José Lucca Netto
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada pela elevação dos níveis pressóricos >= 140 e/ou 90 mmHg. A HAS é reconhecida como principal fator de risco para doenças cardiovasculares e é considerado um importante problema de saúde pública devido a sua alta prevalência, baixas taxas de controle e causa de morbidade e mortalidade cardiovascular.
Objetivo: Descrever a mortalidade por Hipertensão Arterial Sistêmica em Minas Gerais no ano de 2017.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de natureza quantitativa, por meio da análise de dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) disponível no sitio eletrônico do DATASUS. Foram selecionadas todas as declarações do ano de 2017 cujo código I10 do CID 10 estava presente em qualquer parte da declaração de óbito (DO). Foram selecionadas as variáveis idade, sexo, raça/cor, escolaridade e causas básicas. Foi utilizado o software PostgreSQL® para a estruturação da base de dados e o R para análise de dados (https://www.r-project.org/). Por se tratar de dados onde não é possível a identificação dos sujeitos, não foi necessária autorização para pesquisa no comitê de ética.
Resultados: Das 138.118 DOs registradas no estado de Minas Gerais no ano de 2017, 23.106 (16,7%) foram em decorrência da HAS. Destas últimas, 52,64% são relativas ao sexo feminino. Ademais, quanto à raça cor, 47,9% branca e 48,1% de pardos e negros. Quanto a escolaridade, 27,9% com 1 a 3 anos de estudo, 17,5%, com 4 a 7 anos e 11,9% com 8 ou mais anos. Sendo a HAS uma das principais percussoras das doenças cardiovasculares, observou-se que no momento do óbito as principais causas associadas foram o infarto agudo do miocárdio (I219 com 11,4%), arritmia cardíaca (I149 com 6,43%) e acidente vascular cerebral (I64 com 5,6%). Conclusão: Os resultados demonstram que no estado de Minas Gerais, em ano de 2017, os óbitos em decorrência da HAS foram mais frequentes entre pessoas negras e pardas, sexo feminino e com baixa escolaridade. Faz-se necessárias ações direcionadas capazes de minimizar o impacto da carga das doenças crônicas nos seguimentos populacionais mais vulneráveis como monitorização da pressão arterial, educação do paciente para o autocuidado e instrução no uso de medicamentos.