Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES HOSPITALIZADOS POR CASOS GRAVES DE GRIPE NO PARANÁ
Relatoria:
DÉBORA MARIA MENDONÇA DA CUNHA
Autores:
- Maria do Carmo Debur
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A gripe (influenza) é uma infecção aguda do sistema respiratório, causada pelo vírus Influenza. Este vírus é de grande transmissibilidade e responsável por elevadas taxas de hospitalização, principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Objetivos: Analisar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, no qual foi analisado as fichas de notificações dos pacientes hospitalizados por SRAG, residentes no Paraná, realizadas no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) no ano de 2019, durante a Semana Epidemiológica (SE) 01 a SE 32. Foram consideradas as notificações que atendem a definição de caso estabelecida pelo Ministério da Saúde a partir de 2018. Para análise estatística foram utilizados frequência simples e média, executadas no programa Epi Info ™. Resultados: Os dados nos mostram que 3.799 indivíduos foram hospitalizados por SRAG. Destes, 513 (13,5%) tiveram amostra laboratorial detectável para o vírus Influenza, sendo 438 (85,4%) para Influenza A (H1N1)pdm09. Os municípios de Curitiba e Foz do Iguaçu concentram o maior número de casos. A média de idade dos pacientes foi de 33 anos, sendo crianças menores de 6 anos (96/18,7%) e idosos (124/24,2%) os pacientes em maior frequência. O percentual de indivíduos que apresentaram pelo menos uma comorbidade e/ou fator de risco no momento da internação foi de 76,8% (394). A maioria dos casos graves eram homens (52,4%) não vacinados (34,9%). Vieram a óbito 18,9% (97) dos pacientes, sendo os Idosos o maior número (41/42,2%) representado. Em 96,9% (94) dos casos apresentavam algum fator de risco, e destes, apenas 19 (20,2%) receberam vacina. Conclusão: Indivíduos no extremo de idades, com doenças crônicas preexistentes, tendem apresentar casos graves de gripe e necessitam ser hospitalizadas. Indivíduos com este perfil, não vacinados, tem maior chance de óbito. O conhecimento desse perfil clínico-epidemiológico é fundamental para planejamento eficiente da assistência à saúde dos pacientes e as ações relacionadas a imunização.