INTRODUÇÃO: A profissão de enfermagem pode, por vezes, tornar-se fatigante, principalmente em decorrência do contato com sofrimento, morte, jornadas de plantão, aceleração dos ritmos de trabalho, polivalência do profissional e esforço musculoesquelético (MININEL et al., 2013). Nesse contexto, o absenteísmo tem apresentado elevados custos, sobrecarga de trabalho da equipe e diminuição da segurança da assistência de saúde prestada ao paciente. Assim, o crescente e recorrente absenteísmo desses profissionais é um alerta para a investigação da sua causalidade, merecendo uma investigação detalhada (ANDRADE et al., 2017). OBJETIVO: Investigar as principais causas de absenteísmo dos profissionais da enfermagem de um hospital particular terciário, localizado na cidade de Fortaleza, Ceará. METODOLOGIA: Estudo descritivo-exploratório, realizado em junho de 2019, através de um levantamento no banco de dados sobre as informações contidas nos atestados/licenças médicas recebidas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) nos anos de 2018 e 2019, e categorizados segundo o sistema de Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). RESULTADOS: Nos referidos anos, foram computados 3125 atestados, prevalecendo as seguintes incidências: diarreia e gastroenterite (241), dor lombar (207), infecção viral não especificada (201), conjuntivite (108) e cefaleia (99). A partir da constatação das causas foi possível identificar três categorias: doenças infecciosas, doenças crônicas e doenças ocupacionais. Assim, foi possível notar, semelhante a Silva (2014), que o absenteísmo é responsável por custos diretos e indiretos, representados pela diminuição da qualidade do serviço, produtividade e da eficiência no trabalho, aumento do custo da produção, desorganização das atividades, problemas administrativos, limitação de desempenho e até mesmo obstáculos para os gestores. CONCLUSÃO: A partir dessa caracterização, foi possível implantar medidas preventivas e de promoção à saúde do profissional de enfermagem, como uma oficina osteomuscular, além de promover retorno positivo da assistência oferecida e redução de entraves administrativos.