INTRODUÇÃO: Índices de prematuridade têm se elevado a cada ano, sendo suas repercussões observadas em todas as faixas etárias ao longo da vida. Entre as complicações tardias, temos crescimento diferenciado, alterações hormonais e metabólicas, que levam a maiores índices de sobrepeso, obesidade, Diabetes Mellitus tipo 2, hipertensão arterial e coronariopatias. Essas alterações, associadas ao aumento do sedentarismo na atualidade, tem tornado evidente entre os adolescentes a síndrome metabólica. OBJETIVOS: Comparar o perfil antropométrico, pressórico, glicêmico e lipídico de adolescentes nascidos a termo com coorte de adolescentes nascidos prematuros, identificando a prevalência de Síndrome Metabólica (SM) nestes grupos. METODOLOGIA: Estudo de desenho transversal. Amostra constituída de adolescentes de idade entre 10 e 19 anos de escola estadual no oeste do Paraná. A coleta de dados ocorreu mediante entrevistas, avaliação antropométrica (peso, estatura, circunferência abdominal - CA) e coleta de exames bioquímicos (glicemia, triglicerídeos, colesterol total) por punção capilar. Os 150 adolescentes nascidos a termo (AT) foram comparados a 50 adolescentes nascidos prematuros (PT) mediante análise estatística por teste de Qui-quadrado para independência (?=0,05). RESULTADOS: 5% dos adolescentes nascidos AT e 2% dos PT apresentaram SM. CONCLUSÃO: Não houve diferença estatística significativa entre os percentis de CA, pressão arterial e glicemia nos dois grupos. Os adolescentes nascidos PT possuíam maior frequência de triglicerídeos em concentrações desejáveis comparados ao grupo AT (p<0,01). Não foi observada diferença estatística na presença de SM entre os grupos (p=0,3248). Ações e intervenções de promoção de saúde e prevenção de agravos devem ser planejadas pelos serviços de seguimento de adolescentes na atenção primária independente de sua idade gestacional, estimulando hábitos de vida saudáveis, reduzindo o excesso de peso e o risco de desenvolverem futuras doenças cardiovasculares.