Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
SEXUALIDADE NO CARNAVAL
Relatoria:
ELIAS MARCELINO DA ROCHA
Autores:
- Thaynnara Cristhina Serra Miranda
- Luiz Fernando Lima Oliveira
- Mariana Rodrigues Santana
- Camila Silva Guimarães
- Aline Aparecida Rodrigues
- Daiana Jesus da Hora
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Monografia
Resumo:
Durante o carnaval, evento comumente marcado pelo forte apelo à sensualidade, atrativos para realização de práticas sexuais são comuns em sua comemoração. A pandemia causada pelo vírus da imunodeficiência humana é um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e do mundo. Sua transmissão se dá na maioria das vezes por meio de sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas e pela transmissão vertical. A educação sexual tem um papel essencial na construção da sexualidade saudável, bem como na promoção da saúde e prevenção de agravos. Este estudo tem por objetivo descrever o comportamento sexual das pessoas ligado ao ambiente do carnaval. Trata-se de uma pesquisa de campo com caráter exploratório descritivo, quantitativo, realizado com 192 pessoas, de ambos os gêneros, acima de 18 anos, que estavam presentes no evento do Carnaval realizado no parque de exposições Porto do Baé, no município de Barra do Garças-MT, em fevereiro de 2018. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso/Campus universitário do Araguaia (parecer nº 2.062.048). Utilizou-se um questionário elaborado pelos autores deste, que visou avaliar o uso dos preservativos, onde 84% declarou acreditar que durante o carnaval as pessoas não se previnem mais do em outras ocasiões, e 94% mencionaram que durante o carnaval aumenta o risco de ocorrerem infecções sexualmente transmissíveis. Identificou-se que 63% das pessoas relatou não ter preservativo consigo, dos quais 62% eram do gênero feminino. Observou-se que 60% relatou já ter tido relações sob efeito de álcool, e 11% sob efeito de outras drogas, no entanto 29% declarou já ter deixado de usar preservativo por ter ingerido bebida alcoólica. Considera-se que a responsabilidade pelo uso do preservativo na maioria das vezes ainda é do homem, tal fato evidencia que preservativo feminino não tem tanta visibilidade quanto o masculino. Portanto, conclui-se que durante o carnaval as pessoas se tornam mais vulneráveis à contrair algum tipo de infecções sexualmente transmissíveis e síndrome da imunodeficiência adquirida. Ressalta-se que nesse contexto a enfermagem pode desempenhar um papel de grande importância na prevenção e promoção da saúde.