O autismo, Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento neurobiológico, que apresenta seus sinais normalmente nos primeiros dois anos de vida. Para que se faça o diagnóstico é necessária a presença de características centrais, descritas em tríades de comportamentos muito específicos: interações sociais com deficiências graves, graves dificuldades na comunicação verbal e não verbal, e ausência de atividades criativas. Crianças com TEA e, seus familiares, sofrem com o preconceito e estigma social da doença, por ser uma síndrome que afeta as áreas de desenvolvimento psiconeurológico da criança. Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a percepção da equipe de enfermagem frente ao atendimento com crianças autistas, em busca de uma assistência de enfermagem de qualidade. O estudo foi feito a partir de uma revisão de literatura com buscas nas bases de dados, BVS, Scielo, BDEnf e Ministério da Saúde abrangendo publicações feitas entre 2010 e 2018. Foram selecionados 19 artigos na íntegra de mais relevância para o estudo, utilizando os seguintes descritores: autismo, assistência de enfermagem, diagnóstico. São consideradas manifestações da TEA os comportamentos ritualistas, auto-agressividade, crise de birra, ausência de noções de perigo, apego a itinerários, hiper ou hiporreações a estímulos sensoriais, medo, demonstração de predileção por objetos incomuns e isolamento social. A identificação de sinais iniciais de problemas possibilita a instauração imediata de intervenções extremamente importantes. Para que se alcance melhores resultados no tratamento do TEA, é necessário suporte multidisciplinar e multiprofissional, pois a síndrome afeta múltiplos componentes do desenvolvimento humano, a fim de realizar um plano de cuidados à criança com TEA, o enfermeiro tem como meta o cuidar, voltando suas ações não apenas ao problema, mas também às suas representações junto à família, buscando orientar e esclarecer sobre o problema, a fim de diminuir o medo, o sentimento de inferioridade diante do problema. Sendo assim é fundamental importância a orientação da família e cuidadores dos mesmos, desenvolvendo estratégias voltadas a minimizar os impactos que a doença possa trazer ao paciente e sua família. É importante ressaltar que ao cuidar de um autista é necessário considerar o meio em que a criança está inserida, preocupar-se na desconstrução dos preconceitos e formulação de novos conceitos e esperanças de melhor qualidade de vida.