Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
Fatores que interferem na adesão dos homens ao serviço de saúde
Relatoria:
Amanda Interlink de Lima
Autores:
- Marcos Fábio Conceição de Souza
- Ellen Thayane Vilela Ferreira
- Ana Carolina Vilela da Silva
- Jessica Michelle Ramos de Sobral
- Fernanda Freitas Ramos
- Ana Alice Ribeiro do Nascimento
- Caio Luisi
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH) foi formulada para o Sistema Único de Saúde (SUS) com o intuito de desenvolver estratégias que incluem estimular o autocuidado da população masculina, contribuindo com a redução de sua morbimortalidade através do enfrentamento racional dos riscos à saúde dos homens e a facilitação do acesso ás informações de saúde a esse público. A PNAISH reconhece a maior vulnerabilidade masculina a um grande número de doenças, e ainda artigos destacam que a ausência dos homens nos serviços de saúde é reflexo de estereótipos de masculinidade dita como hegemônica. Objetivo: Identificar as barreiras que levam os homens à não procura dos serviços de saúde. Método: Revisão bibliográfica da literatura, para guiar o estudo foi estabelecido a seguinte questão norteadora: quais são as barreiras que impedem que os homens cuidem da sua saúde? Os dados foram retirados das bases de dados: SCIELO e MEDLINE. Os critérios de inclusão foram artigos em português e inglês, relacionados a saúde do homem e os critérios de exclusão, artigos com duplicidade nas bases de dados e com o tema saúde sem foco especifico. Resultados: Foram encontrados 70 artigos, depois de aplicado os critérios de inclusão e exclusão restaram apenas 28 artigos para a realização da pesquisa. Pesquisas apontam que devido a masculinidade seguir um padrão de oposição entre gêneros, os homens rejeitam hábitos vistos como femininos, com intuito de provar sua masculinidade. Uma das justificativas para a não procura dos serviços, foi a insegurança na realização do exame de próstata argumentando que esse afetaria sua virilidade. Sendo assim, a construção da masculinidade interfere na instabilidade para doenças graves, e consequentemente, a morte prematura. Culturalmente o homem deve ser resistente, para eles é necessário um motivo socialmente aceitável para procurar os serviços de saúde. Segundo pesquisa, as principais causas de mortalidade masculina são doenças crônicas e outras morbidades que poderiam ser evitadas com diagnóstico e tratamento precoce. Conclusão: Os resultados encontrados reforçam a ideia de que a vulnerabilidade e a cultura masculina influenciam essa falta de procura ao serviço de saúde levando ao agravamento de doenças e consequentemente ao aumento da mortalidade entre os homens.