Introdução: A Sala de Recuperação Pós-Anestésica é o local destinado a receber pacientes após procedimentos cirúrgicos e/ou anestésicos, os quais recebem cuidados intensivos até que estejam conscientes, com reflexos protetores presentes e com estabilidade dos sinais vitais. Durante a recuperação anestésica é dedicado cuidado especial ao estado hemodinâmico e às condições ventilatórias, uma vez que esses pacientes podem sofrer alterações súbitas das funções metabólicas e fisiológicas normais. O paciente é mais vulnerável a complicações respiratórias, circulatórias e gastrointestinais, as quais são prevalentes no pós-operatório imediato na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA). Objetivo: Identificar a prevalência de complicações pós-operatórias imediatas na Sala de Recuperação Pós-Anestésica num hospital público no extremo oeste catarinense. Metodologia: Estudo transversal de abordagem quantitativa com coleta realizada entre os meses de outubro e dezembro de 2018 em livro de controle dos pacientes em pós-operatórios que permaneceram na SRPA no referido serviço. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UDESC sob nº 2.915.997. Foi considerado o nível de significância de 5% (p<0,05) e as análises foram realizadas no programa SPSS versão 21.0. Resultados: A amostra foi composta por 655 pacientes, em que a prevalência de complicações foi significativamente mais elevada nos pacientes com idade igual ou superior a 60 anos (p=0,009), nas especialidades Geral e Oncológica e anestesia geral. Houve registro de complicações pós–operatórias em 84 pacientes (12,8%), entre elas, dor (7,2%), hipotensão (1,7%), náuseas (1,2%), bradicardia (1,1%), vômitos (0,6%), hipertensão (0,6%), hipotermia (0,3%), depressão respiratória (0,2%), hipoglicemia (0,2%) e outras. O maior índice de pacientes que apresentou complicações realizou anestesia geral, sendo estes 212 pacientes (18,2%). A prevalência de complicações foi baixa em comparação literatura. Conclusão: Os idosos são mais susceptíveis à complicações pós-operatórias, sobretudo quando anestesia geral, sendo a dor a complicação prevalente, apesar dos resultados sinalizarem sub registros pela equipe de enfermagem, indicando carências de intervenção local, para a qual se propõem desenvolver estratégias de educação permanente.