Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
MORTALIDADE POR HIV/AIDS NO ESTADO DE GOIÁS: UMA SÉRIE HISTÓRICA DE 1996 A 2015
Relatoria:
MURILLO ARAUJO DOS SANTOS
Autores:
- Shirley Kellen Ferreira
- Gabriel Leite de Bessa
- Luanna Rhafaela da Silva Costa
- Laressa Ferreira da Costa
- Anna Louise Di Silva Peres Santos
- Alessandra Silva Andrade
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Aids é uma doença grave, causada por um retrovírus, o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que se dissemina aceleradamente, e tornou-se um dos maiores agravos de saúde pública no Brasil e no mundo. Embora seja uma doença de transmissão preferencialmente sexual, a epidemia da Aids é dinâmica e multifatorial. O quadro da Aids no Brasil evidencia uma epidemia que tem sofrido transformações na sua evolução e distribuição geográfica. Desde o surgimento da doença na década 80, incansáveis são os esforços para o enfrentamento da epidemia, cuja colaboração é crescente entre as principais causas de morte, preferencialmente de adultos jovens e pessoas em situação de extrema pobreza. Observa-se que o impacto da infecção pelo HIV pode acarretar mudanças em muitas áreas no cotidiano das pessoas. Enfrentar este problema, ligado as dificuldades que o contexto sorológico impõe em relação à qualidade de vida, tem sido um dos grandes desafios. Objetivo: Identificar a taxa de mortalidade por HIV/Aids no estado de Goiás, no período de 1996 a 2014. Metodologia: Estudo observacional, transversal, descritivo dos óbitos por HIV/Aids que ocorreram no Estado de Goiás, no período compreendido entre os anos 1996 a 2014, à partir dos dados disponíveis no SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), segundo as seguintes variáveis: sexo, idade, raça, escolaridade, estado civil. Resultado: A análise evidenciou a ocorrência de 4666 óbitos no referido período, com uma predominância de óbitos na população no sexo masculino (68%). Houve também predomínio de óbitos em adultos jovens, de 30 a 49 anos, perfazendo 62% do total. Apesar de que em 56% dos casos não havia registro de escolaridade, observou-se que dentre os casos em que havia registro, indivíduos que estudaram de quatro a sete anos representaram 16% das mortes. Quanto ao estado civil, solteiros representam a maioria dos óbitos por Aids, com 54% das mortes registradas. Em relação à cor e à raça evidenciou-se predominância de óbitos nos indivíduos pardos (38%) seguidos pelos brancos com 29% das mortes. Conclusão: O perfil epidemiológico das mortes por AIDS no estado de Goiás pode ser definido como homens adultos jovens na faixa etária de 30 a 49 anos, com baixa escolaridade de cor parda. O estado apresentou picos de crescimento na taxa de mortalidade por AIDS nos anos de 1996, 2010, 2012 sendo recorrente em 2015.