Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO EXTREMO NORTE
Relatoria:
Eduardo Araujo Viana
Autores:
- Orlenildes Lima dos Santos
- Isnaila Ingrid de Sousa
- Fabricio Barreto
- Tarcia Millene de Almeida Costa Barreto
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Monografia
Resumo:
INTRODUÇÃO: As abordagens atuais sobre infecção hospitalar estão relacionadas aos cuidados assistenciais, sendo denominada Infecção Relacionada a Assistência a Saúde (IRAS). A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um reservatório comum de bactérias multirresistentes e as IRAS são comumente notificadas nesses setores. OBJETIVO: caracterizar os patógenos causadores de infecção hospitalar nas UTI’s do Hospital Geral de Roraima, bem como seus respectivos perfis de resistência aos antibióticos. MÉTODO: Pesquisa de abordagem quantitativa, descritiva e transversal que teve como fonte de dados os prontuários e as fichas de notificação obtidas na SCIH do HGR. Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Roraima (CEP/UFRR), parecer nº 2.583.748. RESULTADOS: A amostra analisada contou com 23 pacientes, sendo que 65,22% (n=15) do sexo masculino e 34,78% (n=8) do sexo feminino, admitidos por causas externas de morbidade e de mortalidade com 47,82% (n=11) e desfecho de alta com 47,84% (n=11) receberam alta da UTI. Em relação aos procedimentos invasivos a Sonda Vesical de Demora (SVD) foi a de maior prevalência, a amostra de secreção respiratória foi a mais realizada. Os principais patógenos causadores de infecções por bactérias foram: Acinetobacter baumannii 37,50% (n=9), Klebsiella pneumoniae 25,00% (n=5), Pseudomonas aeruginosas 8,35% (n=2) e Enterobacter aerogenes 8,35% (n=2). E por bactérias gram-postivas: Staphylococcus aureus 83,33% (n=5). Em relação a resistência bacteriana aos fármacos, destacou-se que a Acinetobacter baumanni apresentou resistência à: 100% (n=9) penicilinas, 100% (n=9) as cefalosporinas, 77,77% (n=7) aos carbapenêmicos, 66,66% aminoglicosídeos, 66,66% (n=6) as fluoroquinolonas, 11,11% (n=1) monobactâmicos e 11,11% (n=1) aos glicilciclinas. CONCLUSÃO: O monitoramento do perfil das bactérias prevalentes nas UTIs, com a detecção da sua resistência, é o que permite auxiliar a seleção da terapia empírica inicial adequada e eficaz, evitando o uso desnecessário de antimicrobianos e a consequente disseminação de cepas resistentes. Em relação a esses patógenos encontrados, o que chamou atenção foi o Acinetobacter baumanni, com índices bem significativos e com altas taxas de resistência aos carbapenêmicos, além da presença de Enterobacter resistentes a carbapenêmicos. Se faz necessário ressaltar que houveram algumas dificuldades para as coletas de dados.