Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
COBERTURA VACINAL EM MENORES DE 1 ANO DE IDADE EM UM MUNICÍPIO DE FRONTEIRA
Relatoria:
Isnaila Ingrid de Sousa
Autores:
- Lanna Jennifer Rodrigues Silva
- Eduardo Araujo Viana
- Tárcia Millene de Alemeida Costa Barreto
- Fabricio Barreto
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A efetividade do programa de imunização, mensurada através da cobertura vacinal de uma população, está condicionada pelo sistema de saúde, pelo programa nacional de imunização (PNI) e pelas características da população. OBJETIVO: Este estudo teve por objetivo analisar a cobertura vacinal dos nacionais e migrantes venezuelanos menores de 1 ano de idade em um município de fronteira. METODOLOGIA: Utilizando-se de metodologia quantitativa, transversal do tipo descritiva, a partir de dados secundários públicos, foram calculadas a cobertura vacinal e taxa de abandono, bem como a homogeneidade das coberturas vacinais. RESULTADOS: Entre os resultados observou-se que as coberturas vacinais foram superiores ao preconizado pelo PNI na maioria dos casos, sendo que o rotavírus humano alcançou cobertura total de 160,67%, a pneumocócica 10 e vacina injetável contra a poliomielite obtiveram, entre os venezuelanos, respectivamente os valores 72.47% (n=258), 150,84% (n=537) e 46.91% (n=167). A vacina febre amarela alcançou cobertura de 147,19% (n= 694) em crianças menores de 1 ano. A Tríplice Viral (dose 1) obteve cobertura vacinal total de 328,09%, e entre os imigrantes foi de 205,89%, considerando as ações de combate ao surto de sarampo registrado no ano de 2018. E no que se refere a taxa de abandono observou-se que todas as vacinas alcançaram valores maiores que o referencial (>=10%) para alto risco, entre os imigrantes venezuelanos e já entre os brasileiros os valores de referência foram todos negativos. CONCLUSÃO: Os dados obtidos neste estudo nos permitiram identificar uma cobertura vacinal exorbitante no município, relacionada ao processo migratório dos venezuelanos para o Brasil, no entanto evidenciou também uma fragilidade no sistema de registro dos vacinados, de forma que a falta da informação nacionalidade não permite obter a cobertura vacinal da população estimada para o município. Dificultando os processos de planejamento tanto para aquisição de imunobiológicos e insumos, quanto para as estratégias de manutenção das coberturas dentro dos indicadores e redução das taxas de abandono.