A toxoplasmose é uma zoonose distribuída mundialmente, com alta prevalência e de suma gravidade dos casos congênitos, caracterizando um problema de saúde pública. O objetivo deste trabalho foi apresentar por meio de pesquisa qualitativa, uma revisão bibliográfica acerca das formas de transmissão e sintomas acarretados nos bebês, e também a apresentação de dados epidemiológicos dos anos de 2016 até julho de 2019 no município de Ivaiporã- PR. A toxoplasmose é causada pelo protozoário intracelular obrigatório Toxoplasma gondii, possui como hospedeiros definitivos os felídeos e como hospedeiros intermediários todos os animais de sangue quente, incluindo o homem. Este parasita apresenta três formas de infecção: oocistos encontrados em alimentos crus e mal higienizados; cistos de bradizoitos em carnes cruas e malcozidas e taquizoitos na transmissão transplacentária, fase da qual o parasita consegue se infiltrar na placenta. A infecção no período gestacional pode acarretar sérios danos à saúde da criança, quando ocorre no primeiro trimestre normalmente há morte fetal, no segundo e terceiro trimestre, pode ocorrer nascimento prematuro e tétrade de Sabin: microcefalia, retinocoroidite, calcificação cerebral e deficiência mental. No Brasil, a toxoplasmose gestacional e congênita passou a ser notificação compulsória a partir de 2016. No estado do Paraná, esta doença encontra-se inserida no Programa Estadual Mãe Paranaense, em que o teste sorológico para diagnóstico é realizado a cada trimestre de gestação. Dessa forma, atua- se de forma efetiva no controle da doença, pois caso a gestante torna- se positiva, o tratamento é iniciado de imediato. No ano de 2016 até o mês de julho de 2019, o município de Ivaiporã obteve 2 notificações de toxoplasmose congênita e 9 de gestacional, indicando incidência e presença deste malefício no cotidiano da população, que anseia cuidados e medidas profiláticas. Frente a esta temática, é crucial enfatizar a necessidade de se fazer uma orientação centralizada nas gestantes, assim visando um maior conhecimento a respeito das medidas de prevenção e fomentando a efetividade de uma educação contínua e permanente entre profissionais e cidadãos. Salienta-se ainda, a necessidade de um acompanhamento centralizado e unilateral que exige capacitação e preparo do profissional para atuar frente a esta nuance específica, para garantir a segurança e o bem-estar, caracterizando a diminuição desta doença.