Introdução: A insulina exógena é uma medicação utilizada por diversos portadores de diabetes mellitus (DM) na manutenção do controle glicêmico, devendo ser conservada adequadamente a fim de viabilizar sua eficácia. Objetivos: Identificar fatores, no cotidiano dos indivíduos portadores de diabetes mellitus, que contribuam para a má conservação da insulina. Método: Pesquisa descritiva e explicativa que analisou frascos de insulina com aparência disforme quanto às circunstâncias sob quais os mesmos estavam sendo conservados. Os frascos de insulina fora do padrão (grumos e/ou alteração em sua coloração) foram obtidos, durante os meses de janeiro e fevereiro de 2019, com usuários de serviços de saúde portadores de diabetes mellitus. A partir da análise dos relatos, pôde-se observar alguns contribuintes para adulteração do conteúdo desses frascos. Resultados: Em relação às condições de armazenamento, 2 pessoas mencionaram falta de luz no domicílio, 1 relatou ter esquecido o frasco na bolsa após retirá-lo do posto de saúde, 2 guardaram a caneta de insulina na mochila para ida ao trabalho e 3 deixaram a caneta de insulina em algum cômodo da casa, sem preocupação com a temperatura. Conclusão: Períodos do ano marcados por temperaturas ambiente elevadas, além de locais pouco ventilados, a exemplo das mochilas, bolsas, cozinhas e banheiros, impactam negativamente a conservação da insulina. Ao tornar mais evidente as situações cotidianas e fatores que desencadeiam a má preservação da insulina, esta pesquisa colabora significativamente para seus usuários reconhecerem condições impróprias associadas ao seu acondicionamento. Da mesma forma acontece para os profissionais da saúde que direcionam práticas de educação em saúde, tornando estas mais efetivas aos indivíduos portadores de diabetes mellitus.