Diante da era tecnológica composta por uma sociedade tecnicista na prestação de cuidados, faz-se necessário a implementação da humanização, que busca envolver o ser humano no contexto biopsicossocioespiritual. A humanização pode ser caracterizada por um olhar holístico e integral, promovendo a empatia, respeito, afeto, acolhimento, diálogo, cuidado, o perceber e compreender. Desta forma, este estudo teve por objetivo esclarecer a importância da humanização e fomentar a qualidade da assistência prestada, sendo realizado por meio de uma pesquisa qualitativa em forma de revisão bibliográfica. O estresse diário junto com a sobrecarga de trabalho, contribuem para o desconhecimento, despreparo, medo e tensão ao enfrentar os limites entre a vida e a morte, gerando assim, a desumanização da equipe de saúde. É perceptível que o setor de saúde que mais requer a humanização é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Este envolve uma rotina de trabalho exaustiva e repetitiva, deixa de lado a essência do ser humano e se prende aos aparatos tecnológicos. No intuito de reverter esse cenário, em 2000, foi lançado o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), tornando-se em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH). Com isso, a viabilização desta política no Sistema Único de Saúde (SUS) foi imposta para a prática da humanização no cotidiano das instituições de saúde, visando uma mudança no modo de gerir e cuidar, proporcionando assistência duradoura e eficaz, não só para o paciente, mas para a família e também a própria equipe de trabalho. É visível a falta de investimento na educação contínua dos profissionais, para que haja melhores condições na prestação de um atendimento mais humanizado e na estrutura do ambiente de trabalho, proporcionando assim, um lugar mais acolhedor, aconchegante e humano. É necessário a conscientização através de campanhas que visem mudar o pensamento e a cultura dos profissionais, indo além do domínio da técnica científica-política. Conclui-se que mesmo com toda uma política voltada para o tema, a humanização ainda é muito escassa nas assistências prestadas no âmbito da saúde. Uma assistência eficaz acontece quando é levado em consideração o respeito a vida, a sensibilidade e a solidariedade, não permitindo que seja ultrapassado o limite do cuidado e do afeto humano entre profissional e paciente.