O pós-operatório de um transplante exige da equipe de enfermagem uma assistência especializada, com qualidade e domínio técnico-científico, sendo sua participação de extrema importância, atuando como agente minimizador de riscos e também na manutenção da qualidade da assistência, bem como da segurança do paciente. O objetivo deste estudo foi descrever e analisar o perfil sociodemográfico e acadêmico-profissional da equipe de enfermagem inserida no cuidado ao paciente crítico em pós-operatório imediato de transplante hepático em um hospital público da Bahia. O estudo correspondeu a uma pesquisa de campo, transversal, com abordagem quantitativa, de objetivo descritivo e analítico, realizado com equipe de enfermagem da UTI que recebera pacientes em pós-operatório imediato de transplante renal e hepático em um hospital de grande porte, de alta complexidade, terciário e de caráter assistencial. Para coleta dos dados foi utilizado instrumento de elaboração própria, em modelo de questionário autoaplicável, sendo analisado por meio de medidas de frequência simples e na análise bivariada com o Teste do Qui-quadrado de Pearson. Houve predominância do sexo feminino, da faixa etária maior de 40 anos e tempo de formação profissional e atuação em UTI há mais de dez anos. A maioria já atuou na assistência ao paciente transplantado, e consideram como seguros para essa atuação, referindo ter bom conhecimento acerca do tema, mesmo que a maior parte dos entrevistados não tenham tido curso/capacitação prévia na formação profissional ou ofertada pela instituição. Foi identificada uma fragilidade no conhecimento dos profissionais acerca de alguns aspectos importantes sobre o POI de transplante hepático, refletindo em uma necessidade intrínseca ao processo formativo e evidenciando a importância de que estes profissionais de enfermagem analisem cotidianamente a sua prática profissional, almejando a melhora da assistência prestada a esses pacientes.