A enfermagem é a profissão que desde sua organização por Florence Nightingale desperta interesse e necessita de orientação qualificada para sua formação. No Brasil, a enfermagem é desempenhada por profissionais de nível superior e nível médio, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A formação dos técnicos de enfermagem é desenvolvida pelos cursos de profissionalização em enfermagem, com duração média de dois anos, com docentes enfermeiros e de outros profissionais da saúde e da educação. O objetivo desta revisão é levantar dados bibliográficos que revelem como a docência profissionalizante de enfermagem vem ocorrendo nos cursos profissionalizantes. A metodologia escolhida foi a revisão de literatura de publicações entre os anos de 2010 até 2018, com busca nas plataformas Lilacs e Scielo, além de busca no acervo da biblioteca da Escola de Enfermagem Magalhães Barata -UEPA. Como resultados encontramos a falta de preparo do corpo docente como educador, que já traz alguns obstáculos desde a sua formação, pois este profissional nem sempre vê a licenciatura em enfermagem de forma suficiente na graduação. É necessário que o enfermeiro educador tenha uma formação na área de docência para atuar com Educação Profissional, para nortear o seu fazer pedagógico. Outro ponto relevante no preparo deste enfermeiro docente é que sua formação está voltada para o modelo curativo. O enfermeiro tem um obstáculo decorrente de sua formação, pois traz para sua prática docente, uma formação técnica essencialmente ligada ao cuidado e tecnicista, que é o seu foco de atuação. Outro ponto é a dificuldade de aprendizado dos discentes devido nível médio deficiente ou situação sócio-econômica. O perfil dos alunos do curso profissionalizante de enfermagem é muito diverso. Essa heterogeneidade do perfil do aluno desencadeia dificuldades em sala de aula devido à idade do aluno, à experiência, ao sexo, ao nível socioeconômico, ao trabalho, à falta de destreza manual e ao número excessivo de alunos nos grupos nas aulas práticas. O último ponto em comum encontrado é a dificuldade na relação teoria e prática durante o aprendizado.As discrepâncias entre a expectativa da prática e a realidade encontrada, seja nos estágios ou mesmo no local de trabalho, acabam por deixar os alunos confusos na realização da prática. Concluímos que muitos artigos já tratam desta problemática, o que demonstra o interesse cada vez maior de conhecer e aperfeiçoar a qualidade do ensino profissionalizante de enfermagem.