A fitoterapia é o tratamento realizado através de plantas e vem sendo utilizado há tempos. No Brasil, essa terapia alternativa de cura surgiu da mistura de conhecimentos dos indígenas, escravos, fazendeiros e jesuítas. Desde então, chás, unguentos, tinturas são preparados com as plantas, e aplicados em diversas enfermidades. O uso de plantas medicinais é frequente e auxiliado pela ampla diversidade da flora no País, sendo que o governo federal atendendo as diretrizes da OMS lançou a Política Nacional de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos aprovada por meio do Decreto Nº 5.813, de 22 de junho de 2006 com o objetivo de garantir à população o acesso seguro e o uso racional destes recursos terapêuticos. Os produtos naturais continuam sendo umas das maiores fontes para descoberta de novos medicamentos com atividade antimicrobiana, antifúngica e até anticâncer. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento e o uso de fitoterápicos da população no vale do Ivaí, PR. Foi realizado pelo método descritivo de inquérito populacional que é destinado a coletar dados e descrever uma população; sendo transversal por ser em apenas um momento. O questionário foi destinado a população da região sem restrições, encaminhado pelas redes sociais e aplicado on-line por meio do Google Formulários entre os meses de maio junho de 2019. Foram entrevistados 74 indivíduos, destes, a maioria possuía entre 15 a 29 anos, sendo 78% da área urbana da região. Entre os entrevistados, 32% conhecem e utilizam fitoterápicos e 28% nunca ouviram falar deste tipo de tratamento. Ao serem perguntados sobre plantas medicinais, ou seja a mesma coisa, 27,1% utilizam essa forma de tratamento todos os dias e 11,4% não as utilizam. As espécies mais utilizadas como plantas medicinais foram o alho (81,4%), a hortelã (68,6%) e a camomila (65,7%). Conclui-se que a maioria dos entrevistados não sabem diferenciar fitoterápicos das plantas medicinais. Ainda é possível observar que a maioria das pessoas da área rural não conhecem a fitoterapia, mas fazem o uso de plantas medicinais, enquanto que as pessoas da zona urbana conhecem e não usam.