Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
O MANEJO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO A SAÚDE MENTAL MATERNA.
Relatoria:
Gabrielle Souza Santos Carvalho
Autores:
- Alciléa Barbosa de Andrade Sora
- Helena Portes Sava de Farias
- Janine Alves Ferreira
- Marcelly Martins Alves
- Natália Loureiro Rocha
- Thayana de Oliveira vieira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: De acordo com Arrais (2017) o puerpério é um período de intensas transformações de caráter biológico e psicossocial. Sendo, portanto, considerado uma fase de maior vulnerabilidade para a ocorrência de transtornos psíquicos como a depressão pós-parto. Devendo o Enfermeiro despertar um olhar holístico para as singularidades do puerpério e visar a manutenção da saúde mental materna. Objetivos: Discutir a atuação do Enfermeiro frente a saúde mental materna e seus desdobramentos, principalmente no âmbito da depressão pós-parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, de abordagem qualitativa, do tipo descritivo. Por meio da busca de publicações nos periódicos indexados em plataformas como BVS, LILACS, SciELO e MEDLINE. Como critérios de inclusão os artigos publicados nos últimos seis anos e exclusão os artigos fora do recorte temporal supracitado. Resultados: Estudos recentes pela OMS apontam que cerca de 20% das mães em todo o mundo enfrentam depressão após o parto e embora em números menos expressivos, a psicose desempenha também papel importante no prejuízo a saúde mental materna. O suicídio é visto atualmente como uma das principais causas de morte no período gestacional e pós-parto e todos esses quadros clínicos e seus desdobramentos podem afetar diretamente a dinâmica materna, gerando sofrimento e incapacidade de reagir às necessidades da criança. (CAMPOS, 2015) Fatores de risco podem ser percebidos pelo Enfermeiro no transcorrer do pré-natal, como: gestante solteira, conflitos familiares, ausência de suporte, falta de envolvimento paterno, violência doméstica ou obstétrica e afins. Conclusão: O Enfermeiro deve ser capacitado a identificar fatores de risco e potencializar fatores de proteção no decorrer das consultas de pré-natal e principalmente no pós-parto, trabalhando as dificuldades nesse processo de ajuste da dinâmica familiar. É imprescindível que o profissional estabeleça um relacionamento terapêutico de confiança, fortalecendo a linha de cuidado através de escuta qualificada, inferindo sobre as queixas da paciente, trabalhando o enfrentamento à situações de risco e se pautando do acolhimento e construção de vínculo. Ademais, ressalta-se a necessidade de incentivo a estudos que discorram sobre a temática levando em conta o impacto da violência obstétrica e estratégias lúdicas que aproxime a mulher dos serviços de saúde e promova a formação de uma rede de apoio familiar efetiva.