Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
ESTRESSE OCUPACIONAL EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Relatoria:
MARLI DOS SANTOS ROSA MORETTI
Autores:
- Luciano Garcia Lourenção
- Paula Canova Sodré
- Albertina Gomes da Silva
- Jussara Rossi Castro
- Claudia Eli Gazetta
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: No processo de atenção à saúde dos usuários, os profissionais da Atenção Primária à Saúde estão sujeitos ao estresse ocupacional. Objetivo: Avaliar os níveis de estresse ocupacional em profissionais de enfermagem da atenção primária à saúde. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional e transversal, realizado no município de São José do Rio Preto, São Paulo, no ano de 2017, com uma amostra não probabilística, de conveniência, que incluiu 148 profissionais de enfermagem de serviços da atenção primária à saúde. Foram utilizados dois instrumentos autoaplicáveis: um elaborado pelos pesquisadores, contendo variáveis sociodemográficas e profissionais; e a Escala de Estresse no Trabalho (EET). Resultados: Participaram do estudo 77 (52,0%) enfermeiros e 71 (48,0%) auxiliares e técnicos de enfermagem. Houve prevalência do sexo feminino (93,2%); faixa etária de 31 a 40 anos (37,2%), contrato celetista (63,5%), com tempo de atuação na APS entre seis e 10 anos. Sessenta profissionais (40,5%) apresentaram escores compatíveis com estresse importante (>2,5), sendo 35 (58,3%) enfermeiros e 25 (41,7%) auxiliares e técnicos de enfermagem. Para os enfermeiros, os maiores estressores são: a forma como as tarefas são distribuídas (3,03), o tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,97) e as poucas perspectivas de crescimento na carreira (2,91). Para os auxiliares e técnicos de enfermagem, os estressores mais importantes foram: deficiência nos treinamentos para capacitação profissional (3,28), a forma como as tarefas são distribuídas (3,01) e as poucas perspectivas de crescimento na carreira (2,93). Conclusões: Há um alto número de profissionais com níveis importantes de estresse ocupacional, especialmente entre enfermeiros. O processo de trabalho e a gestão dos serviços de APS causam estresse nos profissionais, podendo comprometer a saúde dos profissionais e a qualidade da assistência prestada aos usuários do sistema público de saúde.