Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
MULHER RURAL E COERÇÃO REPRODUTIVA: VULNERABILIDADE SOCIODEMOGRÁFICA
Relatoria:
Ana Cleide da Silva Dias
Autores:
- Michelle Borba Rodrigues Diniz
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Autonomia reprodutiva é a capacidade da mulher em desenvolver sua liberdade de poder fazer escolhas reprodutivas, mas em algumas situações este poder de decisão pode ser limitada através de coerção reprodutiva, o que poderá provocar riscos a sua saúde sexual e reprodutiva como pressão para engravidar, aborto, gravidez indesejada, incapacidade de controlar a própria fertilidade, relações sexuais desprotegidas e pode estar relacionada ao perfil sociodemográfico da mulher. Objetivo: analisar a coerção reprodutiva e sua associação com as características sociodemográficas entre mulheres trabalhadoras rurais em idade reprodutiva. Método: estudo transversal, exploratório, descritivo e quantitativo, com 346 mulheres trabalhadoras rurais em idade reprodutiva cadastradas no Programa Chapéu de Palha Mulher no estado do Pernambuco. Foram entrevistadas utilizando o questionário da Pesquisa Nacional de Saúde e a Reproductive Autonomy Scale, para o constructo “coerção reprodutiva”, traduzida e adaptada para o Brasil. A análise estatística incluiu testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, correlação de Spearman. Resultados: a variável sociodemográfica estado conjugal entre as mulheres do campo foi identificada como capaz de provocar a ação de coerção reprodutiva por seus parceiros. Conclusões: a mulher do campo é vulnerável a sofrer coerção reprodutiva por seu parceiro. Vale ressaltar que a equipe de Enfermagem tem um papel essencial nas ações educativas da comunidade e entre as mulheres é importante a abordagem sobre temas que envolvam a Saúde Sexual, Saúde Reprodutiva e Coerção Reprodutiva da qual deve ser exercida de forma holística acerca da promoção e prevenção em saúde.