A infecção pelo HIV/aids, tornou-se um fenômeno de largas proporções e, por seu caráter pandêmico e gravidade, constituiu-se um grande problema mundial de saúde pública. O cenário do HIV/aids vem se modificando no Brasil e no mundo, alterando o perfil epidemiológico das pessoas acometidas. O crescimento da epidemia entre as mulheres tem se destacado tanto no Brasil como em outros países mais do que nos homens. Esse fato pode ser observado pela progressiva queda dos casos na relação masculino/feminino e pela redução da mortalidade pela doença entre os homens do que entre as mulheres. Cerca de 15 mil novos casos ao ano são registrados entre as mulheres (15,5 por 100 mil), a maioria deles decorrentes de relações heterossexuais (78,6%), ocorrendo mais casos entre as mulheres na faixa etária entre de 13 a 19 anos que entre os homens. Dados do Sistema de Agravos de Notificação (SINAN) apontam que nos anos de 2007 a 2017 a cidade de Guarapuava-PR notificou 586 casos da doença. Destes, 337 são do sexo masculino e 249 do sexo feminino, sendo a faixa etária que se destaca está entre 20-39 anos de idade. No estado do Paraná o Boletim epidemiológico aponta que entre os anos de 2007 a 2017 foram notificados 194.217 no total de casos, sendo 131.969 no sexo masculino e 62.198 no sexo feminino. Trata-se de um estudo descritivo, com delineamento transversal e de abordagem quantitativa, realizado com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do município de Guarapuava-PR. Foram utilizados dados de investigação de aids em adulto correspondente aos anos de 2007 a 2017. Modelos de intervenção em saúde utilizados até os dias de hoje não foram capazes de conter a doença. O trabalho apontou que as mulheres vivendo com HIV/ aids no município de Guarapuava se concentra em adultos jovens em idade fértil, na sua maioria brancas e pardas, heterossexuais e com baixo nível de escolarização. As mulheres possuem necessidades diferentes as dos homens, que devem ser identificadas e sanadas dentro de sua especificidade. Portanto, necessitam de ações resolutivas por parte das políticas publicas que auxilie no enfrentamento diante da vulnerabilidade do HIV/aids, ações estas onde o homem se reconheça como parte do processo para diminuir agravos e doenças.