Introdução: nos últimos anos houve um aumento do uso de bebidas alcoólicas pelas mulheres, advindo da mudança de comportamento social, entrada no mercado de trabalho e na vida política. Objetivo: conhecer como a atuação do enfermeiro pode construir um novo olhar/paradigma sobre o cuidar ao uso abusivo de álcool por mulheres. Metodologia: trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura em periódicos publicados no período de 2010 a 2018 nas bases de dados LILACS, SCIELO e BDENF. Resultados: foram encontrados 1402 resultados, sendo 36 artigos encontrados na base de dados SCIELO, 1265 no LILACS e 101 no BDENF. A análise permitiu a síntese dos dados, organizada em 02 categorias. Categoria A: alcoolismo no período gestacional: o uso do álcool, no período de gravidez, pode ocasionar a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) e efeitos tardios do desenvolvimento neurológico. O álcool ingerido na gravidez é passado para o feto por via placentária, ficando exposta a mesma quantidade de álcool que a mãe. Além disso, não há uma quantidade segura de álcool a ser consumida pela gestante na literatura, por isso recomenda-se abstinência total durante toda a gravidez. Categoria B: O papel do enfermeiro na construção de um novo olhar no cuidado durante o pré natal: o conhecimento do enfermeiro e a importância das orientações sobre o consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação são primordiais para saúde. É imprescindível sensibilizar o enfermeiro, que realiza as consultas de pré-natal, a respeito da importância de esclarecer as gestantes sobre a ingestão do álcool, de modo a sensibilizá-las sobre a seriedade de interromper o uso durante a gravidez e ao mesmo tempo ajudá-las nessa empreitada, mas para que isto ocorra, torna-se indispensável que os profissionais sejam devidamente preparados para essa abordagem. Além disso, a importância do olhar mais holístico poderá ajudar a mulher com suas angustias e abstinências. Portanto, o conhecimento sobre o consumo do álcool entre gestantes e seus relativos efeitos sobre o recém-nascido é fundamental, pois auxilia na elaboração de ações eficazes para minimizar esse hábito nocivo do contexto da saúde materno-infantil. Conclusão: o uso do álcool trás diversas repercussões negativas durante a gravidez. Esse modelo necessita de um novo olhar do enfermeiro para maneira do cuidar sobre várias dimensões tendo um papel fundamental em todas as esferas de atendimento.