INTRODUÇÃO: A doação de órgãos é uma opção de tratamento utilizada para reverter situações de doenças em estágios críticos de pessoas de diversas idades que possuem determinado órgão incapaz de retornar sua funcionalidade parcial ou total. Na contemporaneidade, o número de doadores de órgãos/tecidos no Brasil evoluiu de 9 para 14,6 por milhão de população e, em 2016, 7.800 transplantes foram realizados. Apesar disso, as recusas provenientes das famílias são frequentes pois, quase metade das entrevistas realizadas com os familiares possuem um desfecho negativo à doação. OBJETIVO: Demonstrar como o contexto da doação de órgãos pode ser inserido na educação em saúde fornecida à população. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada de artigos diversos, contidos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) a partir dos Descritores: “Doação de órgãos” AND “Educação em Saúde” AND “Saúde”. A pesquisa foi realizada em maio de 2019. Os critérios de inclusão foram: artigos completos disponíveis, entre os anos de 2014 a 2019. Inicialmente foram encontrados 44 artigos. Após a aplicação dos filtros e leitura flutuante dos resumos, selecionaram-se 05 artigos. Todos estes indexados nas bases de dados da BDENF, LILACS, MEDLINE. RESULTADOS: A insuficiência de doadores é proveniente não apenas da falta destes, mas atrelada a dificuldades na identificação de possíveis doadores e na obtenção do consentimento por parte das famílias para captação de órgãos e/ou tecidos. Os achados demonstram que a inserção de medidas educativas é uma estratégia eficaz que se deve colocar em prática, visto que, estas podem contribuir com a elucidação das crenças e mitos que circundam a doação de órgãos. O meio mais preciso para se atingir uma grande parte da opinião pública é a mídia. Existe uma lacuna no conhecimento sobre as ações de educação permanente no que diz respeito ao processo de doação de órgãos por parte dos profissionais da Atenção Primária à Saúde, especialmente os Agente Comunitários de Saúde (ACS). CONCLUSÃO: A doação de órgãos perpassa pela educação em saúde informando a população e na educação permanente capacitando profissionais de saúde para propagar informações e dirimir as dúvidas acerca da doação de órgãos, colaborando positivamente no melhor aceitamento por parte dos familiares. O assunto pode ser melhor discutido por meio das mídias, demonstrando a necessidade dos receptores e os benefícios oriundos dos transplantes realizados.