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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO DELIRIUM EM IDOSOS NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
Juliane Clotilde Souza Cordeiro
Autores:
  • Thiago Christel Truppel
  • Beatriz de Araújo Cancelier
  • Alessandra Ferrando
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O delirium é uma disfunção neurológica aguda, caracterizada por alteração abrupta do estado mental, desatenção, pensamento desorganizado e/ou modificação da consciência, critérios adotados pela escala Confusion Assessment Method – Intensive Care Unit (CAM-ICU). É uma questão de saúde pública, com alta prevalência em pacientes idosos internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Este distúrbio gera consequências negativas, tanto ao paciente quanto às instituições de saúde, uma vez que influencia na sua morbimortalidade, tempo de internação e custos do tratamento. Deste modo, reconhecer os fatores de risco para o delirium torna-se imprescindível para adotar medidas de prevenção. Dada a relevância do tema, delineou-se a questão de pesquisa a ser respondida pelo presente estudo: Quais os fatores de risco para o desenvolvimento de delirium em idosos internados nas UTI’s? Objetivo: Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento do delirium em idosos internados nas UTI’s. Metodologia: Revisão integrativa de literatura. A coleta de dados ocorreu em agosto de 2019, nas bases da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com o uso dos descritores “Idosos”, “Delirium”, “Unidade de Terapia Intensiva”, no campo de pesquisa “título, resumo, assunto”. Foram encontrados 494 documentos, sendo selecionados 12 artigos, após a submissão aos critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Identificaram-se 15 fatores de risco associados ao delirium. Há os não modificáveis, como idade elevada (citado por 58% dos autores), gênero, ingestão de álcool e comorbidades (17%). Com relação aos fatores modificáveis, o ambiente da UTI (ruídos, isolamento, iluminação, privação de sono e falta de relógios) e o uso de medicações (analgésicos e opioides) foram relatados em 58% dos artigos. Já a sedação e o tempo de internação apareceram em 50%. As demais causas citadas foram: Restrição física/imobilização e dispositivos invasivos (33%); Ventilação mecânica (25%); Remoção de dispositivos, intoxicação por substâncias, reintubação e quedas (8%). Conclusão: O delirium gera consequências deletérias ao paciente idoso, o que demostra a importância de reconhecer os fatores de risco para a prevenção e o diagnóstico precoce. Abordagens estratégicas como o uso de escalas de identificação (CAM-ICU), aliado à educação continuada, devem ser intervenções adotadas no cuidado ao paciente idoso. Assim, espera-se que este estudo forneça subsídios à prática profissional do enfermeiro.