RESUMO: Na interface entre violência e saúde é necessário detectar situações de risco e implementar ações para seu enfrentamento, incluindo o papel dos médicos, assim como fazem os enfermeiros, sendo a educação em saúde na escola uma atividade com grande potencial para mudanças na cultura da violência. Com o objetivo de realizar educação para a saúde de adolescentes vulneráveis à violência, executada por acadêmicos de Medicina e coordenada por uma docente enfermeira, realizamos este relato de experiência mostrando o potencial dos futuros médicos como educadores de saúde e o estímulo que os enfermeiros podem dar na prática educativa. As atividades foram feitas como extensão universitária do curso de Medicina da UFMS/Campus de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, em 2018.2, para 18 adolescentes de uma escola pública estadual da cidade, com atraso na aprendizagem, histórico de heteroagressividade, abuso de drogas e comportamentos antissociais, nas quais utilizamos dinâmicas de grupo, palestras e rodas de conversa. Os acadêmicos conheceram a realidade dos adolescentes vítimas de violência intrafamiliar e identificaram alterações na saúde mental destes, conceituando suas experiências como “impactantes” para a formação médica. Inserir a Medicina nas atividades educativas, principalmente com a condução de enfermeiros educadores, traz incremento para a formação de médicos mais humanizados, além de mais empáticos e integrados à realidade social e comunitária.