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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
BARREIRAS QUE IMPEDEM O ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NA PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Relatoria:
Janaine Fragnan Peres
Autores:
  • Beatriz Rosana Gonçalves de Oliveira Toso
  • Ariana Rodrigues Silva Carvalho
  • Marialda Moreira Christofell
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é uma prática importante de nutrição da criança, pois supre suas necessidades nutricionais, hormonais e imunológicas, além de prevenir o câncer de mama e diminuir o risco de diabetes tipo 2 e câncer de ovário na nutriz. No entanto, as taxas de aleitamento materno no Brasil encontram-se aquém do preconizado pela Organização Mundial da Saúde, sendo essa prática influenciada por uma miríade de determinantes biopsicossocioculturais. Nesse contexto, é importante conhecer os fatores que podem levar a interrupção da amamentação. OBJETIVO: conhecer as barreiras que impedem o aleitamento materno exclusivo na percepção dos profissionais de saúde. METODOLOGIA: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório que integra pesquisa multicêntrica sobre o aleitamento materno nas Américas, realizado por meio de entrevistas semiestruturadas gravadas, com profissionais de saúde que atuam em unidades de saúde da família, em município do oeste do estado do Paraná, em 2018. Os dados foram analisados utilizando-se a análise de conteúdo na modalidade temática. RESULTADOS: Na categoria percepção dos profissionais, o trabalho materno surgiu como a principal barreira que impede a duração do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida do bebê. Outra categoria que emergiu foi relacionada a aspectos biológicos, que dizem respeito as condições biológicas da mãe ou do recém-nascido e ao manejo da amamentação, como as fissuras, dor, pega inadequada e produção do leite. Ainda, os aspectos culturais, associados aos aspectos estéticos e mitos, como a queda do seio e o leite fraco e, por fim, a intervenção dos profissionais, pois habitualmente os pediatras prescrevem fórmulas infantis, influenciando na decisão de amamentar. Outras causas mencionadas foram relacionadas a ausência de qualificação dos profissionais de saúde para atuarem nesse tema. CONCLUSÃO: Os profissionais de saúde reconhecem barreiras que podem dificultar e/ou impedir o aleitamento materno exclusivo, inclusive relacionada a sua própria atuação e qualificação. Essas percepções negativas sobre o comportamento de amamentar precisam ser identificadas, pois contribuem para as dificuldades e limitações da nutriz e precisam ser abordadas no cotidiano do trabalho em unidades de atenção primária.