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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
O CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO A RESPEITO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Relatoria:
Beatriz Cavallari
Autores:
  • Beatriz de Brito Silva
  • Denise Cristiane da Cruz
  • Elaine Mares Ribeiro
  • Andressa Ribeiro Santos Barros
  • Rafaela Sterza da Silva
  • Mariana Nunes dos Santos Sismeiro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A violência obstétrica (VO) é qualquer ato desumanizado e desrespeitoso que possa provocar sofrimento ou danos físicos e psiquiátricos, tanto para mulher quanto para o bebê. As práticas que mais caracterizam a VO são restrição ao leito, exame de toque excessivo, manobra de kristeller, ocitocina, episiotomia, tricotomia, entre outros. Este estudo teve por objetivo desvelar a experiência de mulheres durante o trabalho de parto e explorar seus conhecimentos sobre violência obstétrica. Trata-se de uma pesquisa descritiva realizada com 89 mulheres. Os dados foram coletados através de um questionário on-line divulgado nas redes sociais no período de 24/05/2019 a 30/05/2019. Dos resultados, 71,7% das participantes residem no Paraná e 28,3% em outros Estados. A idade variou entre 21 e 50 anos. A maioria das entrevistadas possuía ensino médio completo e renda per capita entre 1 e 2 salários mínimos. Em relação ao trabalho de parto, prevaleceu entre elas, a cesárea, apenas 14,6% tiveram parto normal e 10,1% passaram pelas duas situações. Das entrevistadas, 63% concordaram que negar atendimento por falta de leito na instituição, negar acompanhante na sala de parto, realizar o exame de toque em quantidades excessivas e a alteração no tom da voz do profissional, corresponde a violência obstétrica. A minoria das participantes, 11,1%, não conhece a fundo o assunto a ponto de identificar uma VO e 17,8% diz ter vivenciado. A maioria das mulheres revelaram ter sofrido VO no setor público, com prevalência da manobra de Kristeller, e, afirmam que a frase mais ouvida foi: ‘Na hora de fazer foi bom né, agora aguenta.’ Conclui-se que, perante esse cenário, faz-se necessário uma assistência obstétrica prestada por profissionais capacitados em relação a temática e uma maior sensibilização quanto ao acolhimento e humanização durante o trabalho de parto. Evidencia-se a falha no cumprimento das leis existentes e um déficit na implementação de novas leis que protegem as mulheres. Salienta-se a importância da conscientização quanto aos conhecimento da mulher acerca do assunto, inserindo a problemática desde o pré-natal, orientando a mulher a como identificar e proceder diante de uma VO.