Introdução: A criança com câncer apresenta diferentes manifestações de sintomas que dependem do diagnóstico, estágio da doença e tipo de tratamento, como: quimioterapia, cirurgia ou radioterapia, comprometendo a sua qualidade de vida. Nesse sentido, sintomas, são considerados dados subjetivos ou indícios que algo relacionado ao câncer ou à terapêutica está causando desconforto e são verbalizados pela criança. Portanto, identificar a prevalência de sintomas em crianças com câncer é válido para planejar e intensificar intervenções, visando reduzir complicações secundárias ao tumor ou do tratamento. Objetivos: Identificar na literatura científica, a prevalência de sintomas em crianças com câncer. Metodologia: Trata- se de uma Scoping Review, com abordagem quantitativa. A coleta dos dados foi realizada de janeiro a junho de 2019, com levantamento de artigos publicados nas fontes de informação PubMed, Scopus, Cinahl, SciELO e LILACS, referentes aos anos de 2013 a 2019. Os critérios de inclusão foram: artigos da temática proposta e que respondiam ao objetivo do estudo. Foram excluídas publicações repetidas e com resultados inconclusivos. Utilizaram-se os descritores: Criança; Neoplasias; Sinais e Sintomas; Child; Neoplasms; Signs and Symptoms. Resultados: Identificaram-se 1041 artigos nas fontes de informação, e 23 (100%) artigos compuseram a amostra final. Após a análise dos artigos, os sintomas prevalentes foram: êmese, dor, cefaleia, fadiga em oito estudos (35%); náusea em quatro (17%); dor abdominal em quatro (17%). E os demais sintomas foram: astenia em dois (8,9%) estudos; dispneia dois (8,9%), ansiedade um (4,4%), diarreia um (4,4%); vertigem um (4,4%). Quanto à ocorrência dos sintomas, predominaram durante o tratamento oncológico em 11 (48%) artigos; consequência dos tumores em oito (35%); e relatados durante o diagnóstico em quatro (17%). A distribuição dos artigos por fontes de informação foram: a PubMed com 14 (61%) estudos; Cinahl com cinco (22%); LILACS com quatro (17%). Conclusão: Os principais sintomas identificados nos estudos foram êmese, dor, cefaleia e fadiga. A ocorrência dos sintomas em crianças com câncer prevaleceu durante o tratamento, justificando-se a necessidade de avaliação dos sintomas pelos profissionais de saúde antes, durante e após a terapêutica, para entender o seu impacto no conforto e desenvolver ações de cuidado, com o objetivo de reduzir os agravos de sintomas e melhorar a qualidade de vida das crianças em acompanhamento.