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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
Perfil das mulheres com resultados citopatológicos alterados/positivos em uma ESF Nortemineira
Relatoria:
CAROLINA DOS REIS ALVES
Autores:
  • Claudio Luis de Souza Santos
  • Brenda Oliveira Nascimento Pinto
  • Luis Claudio Cardoso Fonseca
  • Patrick Leonardo Nogueira da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O Câncer de Colo de Útero caracteriza-se como uma alteração nas células que compõem o colo uterino em que as lesões possuem um desenvolvimento lento para se tornarem invasivas favorecendo a identificação e tratamento cuja realização do rastreamento é preponderante para sua detecção prévia. Diante disso, este estudo tem como objetivo traçar o perfil sóciodemográfico/clínico das mulheres com resultados alterados/positivos submetidas ao rastreamento citopatológico do câncer de útero no período 2014-2019 em uma equipe de Saúde da Família. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo de caráter quantitativo, com base em dados contidos no SISCAN e DATASUS de uma ESF da região leste de Montes Claros. No período de junho 2014 a Maio de 2019 foram realizadas 1003 exames citopatológicos sendo que 21 amostras (2,1%) apresentaram resultados positivos sendo que das amostras incluídas, 10 (1%) foram positivas para Lesões intraepiteliais de baixo grau (LSIL), 2 (0,2%) para Lesões Intraepiteliais de Alto grau (HSIL), 7 (0,7%) para atípias de significado indeterminado- escamosas e glandulare (ASCUS/AGC); 1 (0,1%) para adenocarcinoma invasor-Cervical e 1 (0,1%) adenocarcinoma invasor- Endometrial. Destes houve predominância de mulheres na faixa etária entre 25 e 45 anos (71,5%), de raça/cor não branca (61,9%), e com ensino médio (47,6%). No que se concerne a distribuição das alterações citopatológicas do colo do útero por idade, houve predominância ASCUS/AGC e LSIL entre 25 a 35 anos de idade. As HSIL apresenta-se 36-49 anos. No entanto percebe-se Adenocarcinoma Invasor apenas em mulheres abaixo dos 25 anos. A situação matrimonial denominada como casada ou em união estável expressaram 52,4%. Em relação ao uso da pílula anticoncepcional, 57,2% utilizavam como método contraceptivo oral, ao passo que 19% não utilizavam. A queixa de sinosorragia esteve presente em 23,8%. No que concerne os aspectos clínicos ginecológicos, cerca de 62% das mulheres possuíam sinais sugestivos de Infecção Sexualmente Transmissível -IST. As alterações cervicais estiveram concentradas nas mulheres casadas, com maior nível de escolaridade, sem queixas de sinosorragia e com sinais de IST. Os estágios mais avançados foram apresentados apenas nas mulheres fora faixa etária recomendada para rastreamento do CCU, sugerindo heterogeneidade entre os fatores de risco já consolidado. Dessa forma propõe-se a identificação dos fatores de risco para cada região, para subsidiar o delineamento de suas ações.