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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO X TEMPO DE INTERNAÇÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Relatoria:
CHRIS M. TIBES-CHERMAN
Autores:
  • Everton Alvares Cherman
  • Jéssica David Dias
  • Yolanda Dora Martinez Évora
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: as Lesões por Pressão (LPP) são consideradas eventos adversos e uma complicação frequente em pacientes graves. Desde a década de 80 a incidência de LPP tem sido utilizada como indicador da qualidade da assistência de Enfermagem. Objetivo: investigar a incidência de LPP em duas Unidades de Terapia Intensiva de instituição hospitalar pública e comparar com o tempo de internação. Método: realizou-se um estudo de coorte prospectivo. Foram analisados os prontuários de todos os pacientes internados por mais de 24 horas nas UTIs (G1 e G2) durante 60 dias (março a junho de 2018). A partir do 60º dia não se incluiu novos pacientes, mas seguiu o acompanhamento dos pacientes já incluídos que haviam desenvolvido LPP até que tivessem alta ou óbito. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 2.528.535). Resultados: foram analisados 126 pacientes com idade entre 18 e 91 anos, 57 mulheres e 69 homens, internados nas UTIs. Conforme recomendação do CQH, utilizou-se para o cálculo apenas pacientes com risco para desenvolver LPP (escore de Braden menor ou igual a 16). Totalizaram-se 96 pacientes: 55 pacientes na G1 e 41 na G2. As taxas de incidência foram: 18,2% em G1 e 19,5% em G2. Se consideradas isoladamente, pode-se concluir que ambas as unidades tiveram taxas semelhantes, com uma diferença de 1,3 pontos percentuais. A permanência média de internação foi de 10,8 dias na G1 e de 8,6 dias na G2. Neste caso, a G1 apresentou 1,68 pacientes percentual com lesão a cada dia médio de permanência na internação (p.p/dia), enquanto que G2 apresentou 2,27 p.p/dia. Nesse sentido, apesar do tempo de internação ser maior em G1, obteve-se uma incidência menor quando comparado com G2. Conclusão: a pesquisa demonstrou que, apesar das unidades estudadas apresentarem taxas de incidências semelhantes, quando considerado o tempo de internação dos pacientes, observou-se uma significativa diferença entre as unidades estudadas. Assim, para análises mais precisas, a incidência de LPP deve ser utilizada de forma criteriosa e considerando outros aspectos. Neste sentido, vale destacar a importância do investimento em pesquisas nesse campo.