INTRODUÇÃO: O câncer de mama é uma neoplasia maligna, que se forma a partir da proliferação incontrolável de células anormais que surgem por causa de alterações genéticas, sejam elas adquiridas por hereditariedade ou por exposição ambiental. É o tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo, sendo mais de 1,6 milhão de casos novos e pouco mais de 521 mil óbitos pela doença por ano. OBJETIVOS: Conhecer o enfrentamento de mulheres com câncer de mama entre o diagnóstico, tratamento e cura. METODOLOGIA: De aporte bibliográfico, o levantamento abrangeu publicações nacionais no período de 2010 à 2019, utilizando a base de dados BIREME, SCIELO E LILACS, seguindo os critérios de inclusão e exclusão, 8 artigos foram selecionados para este estudo. RESULTADOS: O momento da descoberta do câncer de mama é vivenciado pela mulher como um momento de intensa angústia, sofrimento e ansiedade. Nesse contexto, prevalecem os estigmas associados à convivência com uma doença, que é rotulada como dolorosa e mortal. Após a confirmação do diagnóstico inicia-se uma gama de sentimentos como raiva, tristeza, desespero, impotência, desamparo e medo. As reações aos tratamentos químio e radioterápico envolvem alterações fisiológicas que acentuam os distúrbios de autoimagem além de repercutir na vida funcional e produtiva da mulher, além de contribuir para essa sensação de vulnerabilidade e inaptidão física. A queda dos cabelos pode ter efeito devastador para algumas mulheres, por representar um indicador visível da doença e desfigurar a imagem feminina. E no decorrer do tratamento, os anseios são de perda, de luto, risco de depressão, sofrimento. Em decorrência da evolução no tratamento e melhora do prognóstico para diversos tipos de câncer, observa-se um movimento de mudança com relação ao significado do câncer, em que parte das pessoas o enxergam como uma doença com possibilidade de cura. Diante de tais avanços, é possível amenizar o medo da morte e enxergar os recursos disponíveis para o tratamento. A fé foi enfatizada, como auxílio na elaboração de um significado mais positivo para o câncer de mama, o que contribui para a adesão ao tratamento e pode mobilizar a mulher em busca da cura. CONCLUSÃO: No decorrer do estudo notou-se que a relação entre a religiosidade e a saúde/doença auxiliam as mulheres a administrarem melhor a vivência da enfermidade, ajudando na aceitação da doença e no processo de cura.