Introdução. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, mostra que o número de pessoas acima de 60 anos, superou os 30,2 milhões, no Brasil, correspondendo a 19% da população total. O processo de envelhecimento é dinâmico e progressivo, caracterizado por alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas. Aproximadamente 5% da população acima de 65 até 80 anos, apresentam um grau demencial. Esse quadro é mais agravado quando os idosos são institucionalizados. Nesse sentido, o tratamento não medicamentoso, se dá por meio da estimulação cognitiva com o uso de atividades lúdicas ministradas por equipes multidisciplinares. Objetivo. Descrever a experiência de graduandas em enfermagem na realização de atividades lúdicas com pessoas idosas em Instituição de Longa Permanência para idosos- ILPI. Metodologia. Trata de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado por discentes e docente do curso de enfermagem da Universidade Federal da Bahia durante a disciplina “Enfermagem na atenção à saúde do idoso”, em uma Instituição de longa permanência para Idosos (ILPI) situada na cidade de Salvador, no período de março a junho de 2019. Para fundamentar o estudo realizou-se pesquisa bibliográfica sobre a temática do uso de atividades lúdicas. Resultados. As pessoas idosas foram estimuladas a exercitar sua memória e cognição através de dinâmicas de grupo e atividades lúdicas com balões, rodas de conversa, músicas e uma multiplicidade de recursos interativos. A colagem, quebra cabeça e bingo também foram utilizadas e tiveram boa aceitação, sendo inclusive uma forma de expressar emoções e reações. A realização dessas atividades possibilitaram a compreensão sobre a importância da recreação, do lazer e do estímulo da memória e a cognição da pessoa idosa, com capacidade de desenvolver e/ou aprimorar seu raciocínio e cognição, que vão se perdendo ao entrar na velhice, trazendo o bem estar psicomotor, social e espiritual, além de capacitar através do lúdico, profissionais e estudantes da enfermagem a trabalharem com práticas diversificadas de cuidado e promoção da saúde. Conclusão. A falta de atividades de lazer e recreação para pessoas idosas institucionalizadas é uma necessidade fundamental relativa à recreação e sociabilidade dessas pessoas. Com isso, os profissionais que atuam nas ILPI’s precisam ser capacitados para realizar essas atividades, respeitando as limitações e especificidade de cada idoso, promovendo saúde e evitando danos.