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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
GESTANTES TARDIAS: ADMISSÃO PARA O PARTO EM MUNICÍPIO BRASILEIRO DE FRONTEIRA
Relatoria:
CAROLINE ELIAS RIPPEL
Autores:
  • Chris Mayara Tibes-Cherman
  • Eliana Roldão dos Santos Nonose
  • Marlene Pires Baier
  • Fabiana Aparecida Spohr
  • Helder Ferreira
  • Rosane Meire Munhak da Silva
  • Adriana Zilly
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A gestação tardia é definida como aquela que ocorreu com idade igual ou superior a 35 anos. As gestações em idade tardia tem aumentado ao longo dos anos, considerando a busca por independência financeira feminina e estabilidade profissional antes de engravidar, assim como, pela evolução dos processos de fertilização. No entanto, a problemática que envolve gestar nesta faixa etária, se refere a maior presença de condições clínicas desfavoráveis, resultando no aumento da morbimortalidade materna e infantil. Objetivo: Analisar as condições obstétricas de gestantes em idade tardia na admissão para o parto e sua evolução em município brasileiro de fronteira. Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo de abordagem quantitativa, com busca de dados em prontuários de gestantes atendidas entre 2012 e 2016 em um hospital referência para gestação de alto risco de Foz do Iguaçu-Pr, Brasil. Para análise de dados utilizou-se o programa licenciado XLSTat Versão 2017, com nível de significância p<0,05. A pesquisa foi submetida no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Resultados: A taxa de gestação em idade tardia no município foi de 12,3%. Gestantes de outras nacionalidades somaram 8% e incluiu: paraguaias, brasiguaias (brasileiras residentes no Paraguai), argentinas, etc. Na internação, verificou-se que 53,9% não apresentava dilatação cervical, 53,8% com dinâmica uterina presente e 82% com bolsa amniótica íntegra. Identificou-se que mais de 60% das gestantes eram multíparas e 15% apresentou intercorrências no período gestacional. Partos vaginais foram realizadas para 39,2%, sendo que, o tempo de trabalho de parto para a maioria (64,4%) foi entre 1 e 8 horas e para 12,5% foram necessárias intervenções, principalmente a realização de episiotomia e uso do vácuo extrator. Todos os resultados mostraram significância estatística com p<0,0001. Conclusão: Os resultados mostraram que a gestação tardia pode elevar o número de partos cirúrgicos, considerando as maiores chances de evolução com complicações. Deste modo, há intensa necessidade de investimentos na prática obstétrica em serviços de atenção primária e hospitalar, com vistas a reduzir as complicações para a gestante em idade tardia, e consequentemente, reduzir as taxas de cesarianas na região em estudo.