Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
A INCIDÊNCIA DE CESARIANAS EM MUNICÍPIO BRASILEIRO DE FRONTEIRA
Relatoria:
Adriana Zilly
Autores:
- Fabiana Aparecida Spohr
- Helder Ferreira
- Sebastião Caldeira
- Andrea Ferreira Ouchi França
- Ana Paula Contiero Toninato
- Rosangela Aparecida Pimenta Ferrari
- Rosane Meire Munhak da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As taxas crescentes de cesáreas em países desenvolvidos e em desenvolvimento, tem sido motivo de preocupação entre os profissionais de saúde do mundo todo, considerando as possíveis consequências sobre a saúde materna e infantil. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a taxa ideal de cesarianas estaria entre 10 e 15%. Objetivo: Descrever a incidência de cesarianas em município de fronteira. Método: Estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, com busca de dados em prontuários de mulheres passaram pelo processo de parto, no período de 2012 e 2016, em uma instituição hospitalar, referência para gestação de risco, de Foz do Iguaçu-PR, Brasil. O estudo atendeu os critérios éticos de pesquisas que envolvem seres humanos. Resultados: A incidência de partos cirúrgicos independentemente do convênio de saúde utilizado foi de 45,94%. Para mulheres que utilizaram o Sistema Único de Saúde a incidência foi 36,83%, enquanto que, para usuárias de convênios privados, a incidência chegou a 80,74%. Com respeito a distribuição entre a faixa etária, verificou-se que foram realizados cesáreas para 28,3% mulheres com idade igual ou inferior a 19 anos, 47,82% com idade entre 20 e 34 anos, e 60,81% com idade igual ou superior a 35 anos. Dentre as diversas etnias atendidas na instituição hospitalar estudada, verificou-se que a incidência dos partos cirúrgicos ficaram assim distribuídos: 46,02% das brasileiras; 37,63% das brasiguaias; 41,74% das paraguaias; 67,92% das argentinas; 57,29% de outras etnias, como, libanesas, chinesas, japonesas, coreanas, etc. Conclusão: As taxas de cesáreas elevadas, como encontrado neste estudo, se refere a um fenômeno mundial em ascendência ao longo de décadas. Deste modo, é fundamental desenvolver ações para a transformação da prática obstétrica, incluindo estratégias de sensibilização das usuárias que busquem desmistificar o parto vaginal e fortalecer a humanização no parto e nascimento, levando-se em conta, as características sociais e culturais de cada região.