Introdução: A complexidade dos fatores que envolvem componentes biológicos, socioeconômicos e de cuidado refletiu negativamente na saúde materno-infantil. Isso sugere a existência de problemas na atenção durante o pré-natal e o parto, sendo necessária a avaliação constante das políticas e programas de saúde na tentativa de melhorar os serviços a essa população, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil. Objetivo: Descrever a satisfação das puérperas com a atenção materno-infantil no momento do pré-natal e parto. Metodologia: Estudo transversal, quantitativo, realizado em 2017, em 09 municípios brasileiros, pertencentes a uma tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. A amostra deste estudo foi composta por 397 puérperas que se encontravam em período de internação em maternidades da região. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: A maioria das puérperas tinha entre 20 e 34 anos de idade (71,5%), renda familiar abaixo de 900,00 dólares canadenses (39,0%), sem trabalho remunerado (54,1%) e escolaridade abaixo de 09 anos para 32,5%. A maioria ficou satisfeita com a atenção recebida, no entanto, 10,3% relataram insatisfação durante o pré-natal e 7,8% se sentiram desrespeitados no momento das consultas de atenção primária. Enquanto no parto, 1,8% das puérperas estavam insatisfeitas e 3,0% desrespeitadas no parto, 2,0% estavam insatisfeitas com a assistência recebida e sentiam-se ofendidas pelos profissionais de saúde. Conclusões: Embora a maioria das puérperas esteja satisfeita com a atenção recebida, muitas puérperas se declaram insatisfeitas com o pré-natal, demonstrando a necessidade de adoção de estratégias que contemplem as políticas de humanização do atendimento nos serviços de atenção básica. Além disso, o baixo nível educacional também pode estar relacionado ao nível de satisfação, mesmo porque eles não estão cientes de seus direitos. Avaliações participativas devem se tornar uma prática.