Introdução: O câncer infantil é considerado uma doença cuja incidência vem aumentando na faixa etária de 0 a 19 anos, com repercussões na vida da criança e da família. A família tem expectativas quanto à doença e o tratamento e essa situação se torna mais dolorosa quando a criança precisa ser hospitalizada na unidade de terapia intensiva. Objetivo: Identificar a visão da equipe da equipe de enfermagem sobre a presença do familiar acompanhante no centro de terapia intensiva pediátrica oncológica (CTPO). Métodos: Estudo qualitativo, do tipo estudo de caso desenvolvido em um Hospital Público Federal, de alta complexidade, no Rio de Janeiro. Participaram do estudo 25 membros da equipe de enfermagem atuantes nesse setor. A produção de dados ocorreu entre setembro e novembro de 2014, mediante observação simples e entrevista semiestruturada. Resultados: A equipe de enfermagem percebe a presença da família como essencial para o cuidado, na medida em que oferece companhia e transmite confiança para a criança. O cuidado compartilhado constitui numa troca de experiências que favorece a convivência de ambos e viabiliza o cuidado a criança com câncer no CTIPO. Conclusão: A equipe de enfermagem da unidade, além do conhecimento técnico e científico, habilidades como escuta atenta, sensibilidade e atenção qualificada devem contemplar não só a criança, mas também seu familiar, proporcionado, dessa forma, um ambiente seguro e humanizado. Na área de oncologia pediátrica, pretende-se despertar reflexões da equipe de enfermagem sobre a importância do familiar acompanhante no cuidado a criança com câncer hospitalizada no CTIPO. Preparando-os para inserir o familiar acompanhante como sujeito do cuidado, se preocupando com as condições que este familiar tem para dar continuidade ao tratamento da criança.