A insuficiência cardíaca (IC) é caracterizada como uma incapacidade do enchimento ou ejeção ventricular, que pode evoluir após um evento primário e danoso ao músculo cardíaco com consequente interrupção da sua função. É considerada um problema de saúde pública é uma das principais causas de mortalidade de doenças cardiovasculares. O objetivo desse estudo foi descrever o perfil epidemiológico da mortalidade intra-hospitalar da insuficiência cardíaca na cidade de Salvador, no período de 2014 a 2018. Os dados foram obtidos através da consulta ao Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM), no DATASUS. As variáveis utilizadas foram: faixa etária, sexo, grau de escolaridade e cor. O coeficiente de mortalidade específica se dá através do número de mortes por IC, dividido pela população, multiplicado pela constante 100.000. Foram identificados 1.217 óbitos notificados por IC em Salvador. A maior porcentagem de óbitos se deu no ano de 2018, em idosos, acima de 60 anos, em pessoas do sexo feminino. Quanto ao grau de escolaridade, o número de óbitos entre indivíduo que não informaram o nível educacional foi maior (68,1%), seguido pelo grupo com ensino fundamental incompleto (10,4%), enquanto no grupo com maior grau de escolaridade aumentou o menor número de óbitos (2,1%). Na variável “cor” houve um maior número aos que não declararam, seguindo para os indivíduos de cor parda e preta. Conclui-se que a insuficiência cardíaca apresenta incidência elevada e representa um grave problema de saúde em Salvador-Bahia, nesse sentido, a vigilância da doença e de seus óbitos constitui uma ferramenta importante na comparação e avaliação das medidas de intervenções e controle, além de fornecer informações para futuras pesquisas e estabelecer medidas educativas em saúde.