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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
A ABORDAGEM EM SAÚDE MENTAL NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Relatoria:
Cleydilene Bezerra Santos
Autores:
  • Gabriela Moiçó Azevedo
  • Mariza Gandolfi
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A partir das diretrizes da reforma psiquiátrica, o ensino da saúde mental para enfermagem tem sido requisitado, porém nota-se que ainda permanecem escolas com a prática do modelo manicomial, repassando um ensino centrado na ideia saúde-doença.O objetivo deste relato é apresentar as experiências dos temas abordados pelos preceptores do Grupo de Trabalho (GT) saúde mental com os residentes do PRESF, do município do Rio de Janeiro, nos anos de 2017 e 2018. O GT era formado por seis enfermeiros preceptores, com a proposta de aperfeiçoar as habilidades e conhecimentos para o alcance das competências, com foco centrado no indivíduo, família e comunidade; propiciar reflexão crítica do trabalho, qualificando a abordagem em saúde mental à população atendida e dialogar sobre a Rede de Atenção Psicossocial. Os encontros do GT aconteciam uma vez ao mês para construção de planos de aula, avaliação de trabalhos produzidos pelos residentes, material informativo para divulgação em rede social, além de reflexões sobre o processo de trabalho do enfermeiro de família na Atenção Primária à Saúde. Foram ministradas aulas para os residentes com os temas: abordagem familiar, queixas múltiplas sem diagnóstico específico, ansiedade, depressão, abordagem ao usuário em uso de álcool e outras drogas e avaliação do risco de suicídio e sua prevenção. Esta experiência possibilitou a compreensão da importância da qualificação da abordagem em saúde mental para os enfermeiros de saúde da família, tendo em vista a demanda cada vez maior de usuários com necessidades em saúde mental na APS e por estarmos diretamente ligados ao acolhimento e coordenação do cuidado, junto com os demais membros da equipe. Os desafios da abordagem em saúde mental se apresentam na tentativa de rompimento do modelo biomédico, ampliação do olhar em saúde mental e reflexão sobre o uso de ferramentas como grupos, matriciamento e abordagem familiar para qualificar o cuidado prestado ao usuário. É necessário potencializar a discussão sobre saúde mental nos momentos teórico-práticos das unidades de saúde onde o PRESF está inserido, através de discussões de casos, dramatizações de consultas, leitura e discussões de textos. Incentivando a participação dos demais profissionais das equipes como espaço de educação permanente em saúde.