INTRODUÇÃO: A gravidez é um acontecimento natural e fisiológico, que evolui normalmente sem complicações. Contudo, pode levar ao agravamento de problemas preexistentes ou surgimento de novos, como a Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) que hoje configura-se como a primeira causa de mortalidade materna no Brasil, acometendo aproximadamente 5 a 17% das gestantes. A DHEG está entre as causas mais importantes de internamento em unidades de terapia intensiva e portanto merece um olhar especial no âmbito da saúde pública mundial. Esta classifica-se em hipertensão crônica, pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica e hipertensão gestacional e pode ser evitável através da detecção precoce e controle dos fatores de risco. OBJETIVO: Identificar na literatura os principais fatores que levam ao surgimento de uma DHEG. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa, realizada na Biblioteca Virtual da Saúde, no mês de junho de 2019. Foi feito um levantamento na base de dados A Scientific Electronic Library Online – SciELO fundamentado nos descritores: fator de risco and hipertensão and gravidez, gerando 2.368 resultados. Foram aplicados os critérios de inclusão: texto completo, idioma português, tipo de documento artigo e publicação nos últimos cinco anos, restando 101 artigos, os quais segundo os critérios de exclusão: artigo repetido e não contemplar a temática proposta, resultou em 8 artigos para a construção do estudo. RESULTADOS: Os principais fatores de risco que contribuem para a etiologia do desfecho encontrados na literatura foram: primiparidade, idade materna superior a 35 anos, estado nutricional materno inadequado, condições socioeconômicas desfavoráveis como baixa escolaridade e baixa renda familiar, antecedente familiar e/ou pessoal de DHEG, etnia negra, número de consultas no pré-natal, uso de medicação antihipertensiva, diabetes mellitus e sobrepeso/obesidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, é notório a necessidade de focar em um seguimento individual e tratamento adequado no cuidado a gestante com DHEG, devido a gravidade da sua fisiopatologia. Os resultados aqui evidenciados poderão contribuir com uma pronta identificação dos fatores de risco que, por sua vez, são previamente detectáveis e evitáveis, diminuindo futuras complicações materno-fetais. Desse modo, espera-se que este estudo contribua para a realização de novas pesquisas mais aprofundadas, a fim de preencher as lacunas existentes sobre a temática.