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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
Violência Contra Crianças e Adolescentes: retrato epidemiológico de um Estado no Sul do Brasil
Relatoria:
Lorena Honorio Torres
Autores:
  • Maria Fernanda
  • Giovanna Brichi Pesce
  • Taynara Oliveira Faria Batista
  • Mayara Alves Souza
  • Mariany dos Santos Vergílio
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética, Legislação e Trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Violência Contra Crianças e Adolescentes: retrato epidemiológico de um Estado no Sul do Brasil Introdução: A violência contra crianças e adolescentes representa uma crítica questão social e de saúde pública, diante do impacto e das suas consequências negativas no âmbito da saúde individual e coletiva. No Brasil, o discernimento sobre a dimensão da violência nos serviços de saúde ainda é limitado, já que a notificação compulsória ainda está desigualmente instituída no país. Objetivo: descrever as características epidemiológicas dos casos de violência contra crianças e adolescentes notificados em um Estado do Sul do Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada em julho de 2019, com dados de domínio público, extraídos do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), referentes aos casos de violência contra crianças e adolescentes notificados no período de 2009 a 2017, em um Estado da Região Sul do Brasil. Foram selecionadas as variáveis: Ano da notificação, sexo, raça, local de ocorrência e tipo de violência. A análise descritiva dos dados foi realizada através do programa Microsoft Excel, utilizando-se as frequências absolutas e relativas dos dados. Resultados: Foram notificados, no período do estudo, 130.375 casos de violência no local do estudo. Destes, 69.866 (53,5%) compreendiam à faixa etária de 0 a 19 anos; 40.288 (57,6%) do sexo feminino e 29.578 (42,4%) do sexo masculino. 46.575 (66,6%) das crianças e adolescentes foram notificadas como brancas e 23.291 (33,4%) como não brancas. Em relação ao local de ocorrência, 47.861 (68,5%) dos casos aconteceram nas suas residências. Sobre o tipo de violência, 33.188 das vítimas foram negligenciadas; 24.400 sofreram violência física; 13.330 sofreram violência psicológica e 13.052 violência sexual. O ano de 2015 foi o com o número de notificações: 15.401 (22,04%). Conclusão: Concluiu-se que as crianças e adolescentes foram as principais vítimas de violência no Estado. As vítimas do sexo feminino foram prevalentes, assim como as residências como local de ocorrência, configurando-se também, então, como violência doméstica. No decorrer dos anos, o número de notificações se elevou, indicando que a cultura da notificação está cada vez mais presente nos serviços de saúde. Palavras-chave: Violência; Maus-tratos infantis; Epidemiologia.