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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM UM CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA: ESTUDO TRANSVERSAL
Relatoria:
ANA LAURA BIRAL CORTES
Autores:
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Objetivo: identificar os fatores associados às Interações Medicamentosas Potenciais (IMP) com Medicamentos de Alta Vigilância (MAV) em Centro de Terapia Intensiva. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo de abordagem quantitativa. Realizado em um hospital universitário, com prescrições medicamentosas relativas aos pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo. A pesquisa apoiou-se na análise das prescrições dos pacientes internados no setor no período de um ano, a fim de identificar as interações medicamentosas potenciais, relacionadas aos Medicamentos de alta vigilância recorrentes nas mesmas. Dos 214 prontuários levantados, foi possível selecionar 60, obedecendo aos critérios de inclusão e exclusão. Os pares de IMP foram definidos de acordo com a indicação da base de dados Micromedex 2,0. A prevalência do uso de medicamentos foi expressa por frequências absolutas e relativas e comparadas segundo pacientes com e sem IMP pelo teste Qui-quadrado, assim como as comorbidades, sexo e motivo da internação. Assim foram identificados quais os fatores estavam associados às IMP. Os testes consideraram um nível de significância de 5%. Resultados: Foram selecionados prontuários pertencentes a 60 pacientes, levantando-se 244 prescrições medicamentosas. Quanto ao sexo, 25 (41,66%) pacientes eram do sexo feminino e 35 (58,33%) do sexo masculino. A média de idade dos pacientes foi de 58,6 anos. A média de medicamentos recebidos pelos pacientes em até 5 prescrições medicamentosas foi de 14 medicamentos. Nas 244 prescrições medicamentosas foram identificadas 846 interações medicamentosas potenciais, relacionadas aos MAV e 112 pares diferentes de IMP envolvendo os MAV. Dos 112 pares de interações identificadas, foram mais recorrentes: tramadol e ondansetrona, midazolam e omeprazol, insulina regular e hidrocortisona, fentanil e midazolam, e insulina regular e noradrenalina. As variáveis polifarmácia, tempo de internação e a utilização de alguns medicamentos específicos foram associadas às interações com MAV. Conclusão: Considerando que as IM podem se configurar erros de medicação, é indispensável que a equipe de saúde trabalhe com estratégias para melhor manejar o sistema de medicação. Estas estratégias devem envolver intimamente os profissionais de enfermagem, que exercem grande parte da sua rotina de trabalho em CTI, lidando com medicamentos, garantindo uma prática com redução de incidentes e danos ao paciente.