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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
PRINCIPAIS FORMAS DE VIOLÊNCIAS SOFRIDAS PELAS MULHERES DURANTE O PARTO
Relatoria:
CAROLINE SAMPAIO FRANCO
Autores:
  • Soeli Terezinha do Rosário Mateus
  • Alexandra Parabá Gonzalves
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Monografia
Resumo:
O parto nem sempre foi um procedimento médico. Inicialmente era um evento inteiramente feminino, realizados por mulheres da própria comunidade conhecidas como parteiras, acontecia no conforto do domicílio, sempre acompanhada de familiares. O parto era considerado um fenômeno natural e fisiológico. Com o passar dos anos, o parto deixou de ser centrado no cuidado à mulher e deslocou o protagonismo para a equipe de saúde, tornando-o por vezes angustiante com a perda do controle da situação e sua autonomia. Com a institucionalização do parto, a mulher passou a ser medicalizada e a sofrer intervenções desnecessárias, intervenções estas que hoje é reconhecido como algumas das formas de violência obstétrica. Objetivo: Identificar através da revisão da literatura quais as principais formas de violência que a mulher sofre durante o trabalho parto e parto. Metodologia: Trata-se uma revisão integrativa sobre violência obstétrica. A pesquisa foi realizada através da Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de dados LILAS (Literatura Latino-Americana), SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) e BIREME (Biblioteca Regional de Medicina) no período de setembro a novembro de 2018, identificou-se um total de 62 artigos, dos quais após confrontados com os critérios de inclusão e exclusão restaram 7 artigos. Resultados: Foram identificados vários tipos de violência sofrida pelas mulheres durante o processo de parturição, com destaque: uso rotineiro de ocitocina (6), episiotomia (4),toque repetidas vezes (3), Manobra de Kristeller (3). Conclusão: Atualmente o tema violência obstétrica vem sendo muito debatido na mídia e entre os profissionais de saúde, como visto nos artigos analisados, infelizmente a violência ainda ocorre nas instituições privadas e públicas. Embora se observe a iniciativa de algumas instituições como o MS, OMS, ABENFO, etc; percebe-se que ainda há muito a fazer para modificar o atual cenário do parto no Brasil. Observa-se ainda uma necessidade de maior envolvimento dos profissionais de enfermagem em intervenções que possam inibir a violência obstétrica, tendo em vista que este profissional tem grande acesso a gestante durante o pré-natal podendo se apoderar desse momento para informar e empoderar a mulher sobre seus direitos e sobre as más práticas durante o parto.