Historicamente o processo de parir passou por mudanças, antes assistido por parteiras, de forma fisiológica, no próprio domicilio e na presença da família, passou a ser hospitalar e sofrer influências com a inserção das ações médicas. Movimentos em prol da humanização buscam resgatar o parto natural e humanizado, promovendo para a gestante autonomia, privacidade e evitando práticas desnecessárias durante o parto. Surge a Lei 11.108/05 a fim de garantir a parturiente o direito à presença de um acompanhante de sua escolha, durante o trabalho de parto, parto e pós-parto. Assim veio a necessidade de compreender a importância desse acompanhante nesse processo, buscando na literatura quais são os benefícios que essa presença pode trazer à mulher. Objetivo: Identificar os benefícios que a presença do acompanhante traz para a gestante no processo do parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada no período de 2011 a 2017, através da Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de dados LILAS , SCIELO e BIREME. Resultados: 33 artigos encontrados, sendo 10 selecionados. Todos trazem relatos de experiência da equipe de enfermagem, da mulher e do acompanhante, sendo a presença do acompanhante positiva para todos. Com relação ao conhecimento sobre a Lei, não foi encontrado nenhum relato sobre conhecimento da Lei, sendo relatado como ato de bondade dos profissionais a presença do acompanhante. Benefícios relatados: confiança, conforto, apoio, segurança, bem estar, diminuição do medo, sendo que 80% descrevem como benéfico a presença do acompanhante no parto. Conclusão: Evidenciou-se nesse estudo que a presença do acompanhante durante o trabalho de parto e parto é apresentada como benéfica para as mulheres e para seus acompanhantes. Os resultados mostraram satisfação da mulher, sendo vista essa presença como uma forma de acalmar, encorajar e enfrentar esse momento difícil. A inserção do acompanhante dentro do centro obstétrico, embora positiva, ainda apresenta desafios que vão desde mudanças estruturais à mudanças comportamentais. No entanto, essas mudanças devem ser alicerçadas pelas evidências científicas que comprovem sua eficácia no processo de parturição. Acredita-se que a Enfermagem tenha um papel fundamental na mudança do paradigma da assistência humanizada ao parto e nascimento, visto que são estes profissionais que majoritariamente atuam no pré-natal, onde podem ser realizadas ações de orientação sobre o parto e os direitos da parturiente.