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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
HANSENÍASE UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA
Relatoria:
MARCOS VINÍCIUS COSTA SANTOS
Autores:
  • Suzicléia Elizabete de Jesus Franco
  • Beatriz Martins Emcina
  • Sara Fernandes da Cruz
  • Raquel Santos Brito
  • Elias Marcelino da Rocha
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A hanseníase, doença crônica milenar que atinge principalmente nervos periféricos e pele, a qual é causada pelo agente etiológico Mycobacterium leprae, atinge centenas de pessoas no Brasil, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A magnitude e o alto poder incapacitante mantêm a doença como um problema de saúde pública, devido à alta endemicidade. Podendo relacionar a falta de conhecimento pela população e a ausência de propagação de informações sobre hanseníase e seus agravos, tornando extremamente deletério para a saúde dos portadores. Objetivou-se por meio deste analisar o nível de conhecimento de feirantes sobre hanseníase. Trata-se de um estudo descritivo exploratório quantitativo, onde foi aplicado um questionário a 108 pessoas em uma feira municipal em Mato Grosso, no mês de janeiro de 2019. A ação ocorreu em comemoração ao janeiro roxo, mês de campanhas educativas sobre hanseníase. Entre as pessoas atendidas 78% são homens e 22% são mulheres, 90% estão com idade entre 41 e 80 anos e 50% não finalizaram o ensino fundamental. Identificou-se que 32% dos entrevistados possuíam familiares que já tiveram contato com o bacilo de Hansen, e 57% não sabiam onde era realizado o tratamento dessa doença, demonstrando então que não foram notificados e não fizeram o rastreamento do bacilo nos contactantes familiares, apresentando então uma fragilidade no sistema de saúde. Observou-se ainda que 70% não sabem a forma de transmissão da doença, o que facilitaria a sua transmissão ou então o surgimento de preconceito em relação aos que estão em tratamento, devido a ineficiência de informações sobre as formas de transmissão. Observou-se também que 52% afirmam que ainda existe um tabu em relação aos portadores de hanseníase devido a falta de conhecimento da população levando em conta os estigmas e preceitos trazidos por essa doença. Conclui-se que há um déficit de conhecimentos sobre hanseníase na população e que ações de educação em saúde fazem-se relevantes para poder difundir informações, diagnóstico precoce e tratamento eficaz, afim de minimizar empasse que as lesões incapacitantes da hanseníase pode causar.