Introdução: Mundialmente, cerca de 3,7 milhões de bebês morreram em casa nas primeiras quatro semanas de vida e, até dois terços destes óbitos poderiam ter sido evitados por intervenções como a Visita Domiciliar ao recém-nascido e família, uma estratégia de prevenção e promoção da saúde. Pesquisas internacionais, indicam que ainda há barreiras e dificuldades para a realização da visita, sobretudo, nos países em desenvolvimento, além de apresentarem diferentes modelos para sua realização, mesmo com destaque às evidências globais relativas aos benefícios à saúde materna e neonatal, . No Brasil, a primeira visita deve ser realizada até o quinto dia de vida do recém-nascido, por qualquer um dos profissionais da Atenção Primária à Saúde. Objetivo: Desenvolver tecnologia assistencial para apoiar a realização da primeira Visita Domiciliar ao recém-nascido e família. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de desenvolvimento metodológico ancorada na Metodologia da Problematização. Resultados: O Município de Pitanga na região central do Paraná, alvo do objetivo da pesquisa, possui grande extensão territorial, comunidades com barreiras geográficas, índice de mortalidade infantil acima da meta do estado e, persistência dos óbitos evitáveis. Neste cenário, o Agente Comunitário de Saúde é o profissional com disponibilidade para cumprir a primeira visita na primeira semana. Neste sentido, à partir de um diagnóstico local, desenvolveram-se oficinas com os profissionais de saúde para a produção de uma tecnologia, no formato de formulário, para apoiar e favorecer a realização da primeira Visita Domiciliar ao recém-nascido, com segurança e qualidade. Este consta de seis Blocos de informações: 1º Identificação; 2º Antecedentes Obstétricos; 3º Parto/Mãe/Puerpério; 4º Amamentação; 5º Recém-Nascido; 6º Condição atual da criança. Conclusões: A visita qualificada dos profissionais de saúde às famílias fortalece o vínculo com as equipes de saúde, estimula a utilização dos serviços, o monitoramento e, a prevenção e, poderá reduzir as urgências, internações, complicações e óbitos evitáveis. Independente da existência de barreiras e dificuldades da visita pelo agente comunitário em Pitanga, o apoio tecnológico possibilitará a sinalização oportuna dos problemas aos enfermeiros e médicos, a promoção da saúde e, a prevenção de agravos, aplicando-se educação em saúde e vigilância para sinais de alerta. Espera-se que o produto impacte na qualidade da atenção à saúde materna e infantil.