A crescente incidência de erros de medicação tem chamado atenção de toda a população. Tais erros causam disfunções temporárias em órgãos e tecidos e podem ser fatais, além de aumentar o custo das internações hospitalares. Os erros, que são multifatoriais, são erroneamente atribuídos exclusivamente à equipe de enfermagem, que acaba levando uma carga punitiva exagerada por estar na ponta do atendimento ao paciente e ser a última capaz de identificá-los e corrigí-los. Este artigo tem como objetivos discutir os erros de medicação comumente associados a sobrecarga de trabalho do profissional de enfermagem e destacar a importância do papel do Enfermeiro na proposição de soluções para a redução de tais erros. Trata-se de estudo de revisão bibliográfica, cuja busca dos artigos se deu pela Biblioteca Virtual em Saúde, sendo selecionados 24 artigos por meio dos descritores indexados Enfermagem, Erros de Medicação e Segurança do Paciente.Ocorre subnotificação dos erros devido à cultura punitiva das instituições e também ao déficit de conhecimento do profissional, que não o identifica corretamente. Rotulagem semelhante de medicamentos, prescrições ilegíveis e principalmente a sobrecarga profissional são causas frequentes de erros. Os enfermeiros e técnicos de enfermagem são responsáveis pela administração da medicação e interceptam grande parte dos erros antes de seu acontecimento. As instituições de saúde devem reduzir as obrigações acumuladas sobre esses profissionais, de forma a liberá-los para essa função. Outras ações incluem a instituição de protocolos de zona segura e dupla checagem entre as rotinas de preparo de medicação, contratação de farmacêuticos clínicos, instituição de prescrição eletrônica, código de barras, dispensação medicamentosa em dose unitária e ampliação do quadro de enfermagem da instituição.