O processo formativo vivenciado durante a graduação em Enfermagem, com sua densa carga horária e exigências epistemológicas e éticas, vem submetendo os estudantes a estresse e adoecimento, necessitando, portanto, de serem cuidados e acolhidos em suas necessidades. Presente estudo objetiva relatar a experiência das práticas afetivas de cuidando do cuidador com estudantes de Enfermagem. Relato de experiência que vem sendo desenvolvida com Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Sobral – Ceará, Brasil, desde 2012, com base no referencial da Sociopoética na Enfermagem de Iraci dos Santos, a partir de elementos como a “ciência sensível”, “confetos”, “espiritual”, “corpo como fonte de conhecimento” e a “criatividade do tipo artístico”; com também, a Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Watson. A experiência objetiva: Criar um espaço lúdico-criativo, em que os acadêmicos possam expressar suas concepções, sentidos e sentimentos acerca do cuidado de si e do outro; estimular a reflexão acerca das “dores e delícias” do processo de cuidar e a formação acadêmica; e buscar o desenvolvimento de um cuidado sensível, carregado de subjetividade e afetividade e o encontro com o “Eu holístico”. A cada encontro, os acadêmicos de Enfermagem vivenciam atividades que envolvem arte-educação, com a realização de oficinas lúdico-criativas, utilizando massa de modelar, cine pipoca, vivências terapêuticas, pintura em tela a partir do olhar da obra “Guerra e Paz” de Portinari, dentre outras. Tais práticas vêm contribuindo para a construção de uma Enfermagem arte, ciência, ética e estética, com um holismo centrado na espitirualidade e mais afetiva.